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segunda-feira, 27 de abril de 2009

resumo da 3ª sessão de julgamento dos chamados "25 de caxias"

No dia 22 de Abril decorreu a 3ª sessão do julgamento dos chamados “25 de Caxias”. Esta sessão foi exclusivamente dedicada aos testemunhos de acusação do antigo Director Geral dos Serviços Prisionais Celso Manata e do Director do Estabelecimento Prisional do Linhó responsável pela antiga Brigada Anti-Motim, Jorge Oliveira.

Ambos negaram a violência excessiva contra os presos; negaram as represálias (sob a forma de espancamentos); negaram que os guardas tivessem disparado directamente sobre os reclusos (sendo que afirmaram terem sido usadas balas de borracha contra o tecto e contra o chão); negaram a existência de qualquer outra reivindicação sem ser a de os presos pretenderem a amnistia não dada na tomada de posse do Presidente da República, como era habitual.

Uma vez mais, o teatro continuou com o argumento pré-definido, com a $%#:;^^^# da procuradora do MP a tentar, a todo o custo (e com a ajuda da #$%& da juíza), manter que tudo o que é declarado vá ao encontro da acusação, ou seja, da tese principal de que tudo o que os presos queriam era uma amnistia, e que aquela situação foi criada para testar a capacidade de resposta do sistema prisional. Ignorando desta forma todo o contexto de miséria, degradação, abusos, espancamentos, sobrelotação, falta de cuidados de saúde e outras violações das suas próprias leis. Tem-se observado que, de cada vez que a tese da acusação é posta em causa, expondo todos estes motivos, rapidamente a autoridade daquela sala faz calar todos os intervenientes.

Um pormenor importante foi que o maior $#%&/% deles todos (Celso Manata) solicitou escolta policial até ao tribunal e que as suas declarações se dessem na ausência dos arguidos. É de notar que este grande responsável pelas prisões portuguesas e que ainda hoje continua nesse meio (sendo procurador do tribunal de menores), faz também parte do… Comité Internacional Contra a Tortura!!! A democracia é espectacular.

Novamente estiveram presentes na sala, solidárias com os presos, várias pessoas.
No exterior liam-se cartazes que haviam sido colados nas imediações do tribunal que denunciavam os “cabecilhas” da situação (Vera Jardim e Celso Manata), assim como outros cartazes em “solidariedade com aqueles/as que lutaram” e em “solidariedade com aquele/as que lutam”.

A próxima sessão ficou marcada para dia 20 de Maio.


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