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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Festa Regicida à moda antiga - C.O.S.A.

Recuperemos a cultura popular, FESTA ANTI-ASAE!
Dia 1 de Fevereiro, pelas 22h.

Festa/Convívio para usufruir de tudo o que a ASAE nos quer roubar.

ESPAÇO SEM COLECTORES DE FUMO!
COZINHA COM COLHERES DE PAU!
GALHETEIROS REUTILIZÁVEIS!
BOA COMIDA RECICLADA!
COPOS DE VIDRO!
ROUPA DE CONTRABANDO!
CD'S PIRATAS!
MUSICA ROUBADA NA INTERNET!

Relembra-te dos tempos em que as Câmaras Municipais eram destruídas pelos Sindicalistas, em que os Reis eram mortos pelos Anarquistas, e as leis que a ASAE faz cumprir eram só um pesadelo longíquo de uma sociedade totalitária inexistente....

Sexta-feira, (o grande) dia 1 de Fevereiro, pelas 22h

Casa Okupada de Setúbal Autogestionada
R. Latino Coelho, nº 2 - Setúbal

Próximas actividades do CCA e do Club Aljustrelense

Aqui vão algumas dicas para o que vai estando programado acontecer por estes lados... já sabem em Aljustrel no Club Aljustrelense, a cargo do CCA Gonçalves Correia.
Apareçam.

01 de Fevereiro (Sexta feira próxima)
Lançamento da revista Bíblia (nº27 e 28)
Apresentação e leitura de textos da Revista Bíblia
" A revista Bíblia já leva mais de 10 anos como um espaço de experimentação nas tendências contemporâneas das artes visuais e da literatura. Existe desde Abril de 1996 e lançou até agora 27 números. Neste momento tem periodicidade trimestral e a tiragem é normalmente de 2000 exemplares. Calculamos que estejam distribuídas cerca de 50000 revistas até à data. A revista Bíblia caracteriza-se pela variedade das áreas artísticas que abrange, como a ilustração, desenho, fotografia, pintura, design, banda desenhada, video prints, prosa, conto e poesia. A revista não exclui abordagens à arquitectura, cinema, teatro e música. Pelas páginas da revista, que funciona como espaço de encontro de uma geração, já passaram cerca de 600 colaboradores nacionais e internacionais.”
http://www.revista-biblia.com/

15 de Fevereiro
Concerto regicida

O Cão (a confirmar)
www.myspace.com/ocao

16 de Fevereiro
Oficina Prática de Informação (15.00)
«Suporte Básico de Vida - noções básicas de primeiros socorros»
Divulgação de várias ideias básicas de saúde - A causa das doenças é o mau trato (demasiada actividade e descanso insuficiente produz esgotamento) - Esgotamento é intoxicação (intoxicação e desintoxicação) - Está tudo ligado (o sintoma é um alerta para algo mais profundo) Explanação sucinta do plano de acção do socorrista e noções básicas de primeiros socorros - PAS (proteger, alertar e socorrer) - Alguns casos concretos que poderão ocorrer - Como actuar? e o que poderemos fazer? - Suporte básico de Vida Objectivos: Não se trata de uma acção de formação mas sim de divulgação de informação. Para além de uma sucinta explicação de um visão holística da saúde, os/as presentes irão ser incentivados a pensar como melhor intervir numa situação "extrema" em que uma pessoa se encontra indefesa e a necessitar de ajuda e ou cuidados médicos. Irão simular-se várias situações típicas de quadros de socorrismo, que diariamente se podem encontrar em qualquer parte, onde o interessante será a intervenção com poucos ou nenhuns meios de socorro. (3h30m)
Oficina da responsabilidade de Ricardo Valério e Karine Calligaris, terapeutas de Medicina Tradicional Chinesa.

23 de Fevereiro (22.00)
Concerto
Extreme Retaliation (Metal de Estremoz)

01 de Março
Conversa e troca de ideias com os companheiros de Sevilha acerca da sua experiência de 6 anos no Centro Social Okupado e Autogestionado de Sevilla, bem como acerca de todo o processo de despejo de que foi alvo.
Segue-se concerto (a confirmar Abandalhados e Pelintras)

15 de Março
Concerto (da Suécia a anunciar...)

29 de Março
II Festival Anti-Fascista Português organizado pelo
MOVIMENTO ANTIFASCISTA PORTUGUÊS
Apresentação e conversa com o colectivo MAP e 5 bandas noite fora...
http://www.accaoantifascista.pt.vu/


retirado de: http://www.goncalvescorreia.blogspot.com/

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Boletim Anarco-Sindicalista nº 25 (Janeiro-Fevereiro de 2008)

O download em pdf do Boletim Anarco-Sindicalista nº 25 (Janeiro-Fevereiro 2008), editado pela secção portuguesa da AIT, pode ser feito aqui:
http://pt.indymedia.org/cidades/c1/imgpublico/12015395613ed7417fb5.pdf


Apresentação pública do Nº1 dos Cadernos Luta Social

Companheiras e Companheiros,

O «Luta Social», colectivo anti-autoritário de luta de classes, orgulha-se de retomar as suas publicações, com um primeiro número de Cadernos «Luta Social». Estes cadernos estão centrados em eixos temáticos. Este primeiro número é constituído, na sua maior parte, por artigos centrados em torno da temática das relações África / Europa nos dias de hoje.
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Porque acreditamos que é pela unidade e solidariedade que conseguiremos realizar a verdadeira mudança é com todo o prazer que Vos convidamos a estar presentes na livraria Letra Livre, Calç. do Combro, nº 139 / 1200 - 113 LISBOA (Tel.: 21 34610 75), no dia 31 de Janeiro pelas 18 horas, para a apresentação do primeiro número dos cadernos "Luta Social".
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Com as nossas saudações fraternas e na expectativa do nosso encontro em Lisboa,

O Colectivo Luta Social


http://www.luta-social.org/

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

PROTESTO CONTRA A DESTRUIÇÃO DO MERCADO DO BOLHÃO

A Terra Viva!AES, conjuntamente com o GAIA e outros colectivos, sábado, 2 de Fevereiro, 10 da manhã:

-Intervenção de divulgação pública e animação musical contra a descaracterização que pesa sobre este antigo mercado popular, privatizado pela Câmara Municipal do Porto e tendente a ser transformado em mais um centro comercial moderno...

(ENSAIOS PARA AS MÚSICAS, 5ª-FEIRA 19 H. NA TERRA VIVA)

"3 DE FEVEREIRO DE 1927" - ACTIVIDADES TERRA VIVA!AES - Porto

Revolução no Porto, 3 de Janeiro de 1927


A 3 de Fevereiro de 1927 eclodia no Porto uma revolta militar de cariz republicano - participada por sectores civis armados - anarco-sindicalistas da antiga CGT, grupos anarquistas, comunistas e outros - contra o regime saído do "28 de Maio" de 1926.
A cidade do Porto, cercada pelas tropas do governo, começou a ser bombardeada do lado de Gaia. Sob a ameaça de bombardeamento ainda mais intenso, pesado, com obuses, esboçaram-se duas posições: uma, a dos chefes políticos e militares republicanos (o chamado "reviralho"), de RENDIÇÃO; outra, a dos sectores civis, sobretudo dos libertários e dos comunistas, de um ATAQUE à baioneta contra as baterias governamentais da Serra do Pilar (Gaia)que invertesse a situação -até porque o movimento estava a ser secundado em Lisboa.
A pretexto de que "isso seria um banho de sangue", os chefes republicanos do Porto decretaram a rendição...

O que se seguiu foi a repressão violentíssima da revolta -com fuzilamentos sumários e deportações para as prisões em África - que naturalmente se abateu sobretudo sobre os sectores civís armados.

Assinalando os 81 anos destes episódios -que constituíram a primeira grande acção de resistência contra a ditadura saída do 28 de Maio - e no sentido de não deixar branquear a MEMÓRIA HISTÓRICA SOCIAL (e a LIBERTÁRIA tampouco), a Terra Viva!AES através de duas das suas iniciativas, a "OFICINA DE HISTÓRIA VIVA" e o "Círculo de Estudos Sociais Libertários", vai levar a efeito as seguintes acções:

-sábado 2 de Fevereiro, 15 h. Praça de Batalha
Recriação histórica da "Trincheira da Morte" e percurso a pé da "Trilha do 3 de Fevereiro" (entre a Rua 31 de Janeiro e as Fontaínhas)com canções e trajes e adereços dessa época e distribuiçãode informação à população sobre os acontecimentos históricos.

-sexta 7 de Fevereiro, 21 h.na Terra Viva!AES (R.Caldeireiros, 213, à Cordoaria)
Sessão de Informação/debate "O 3 de Fevereiro de 1927:um primeiro "25 de Abril" falhado ou outra coisa?..."
- com audição do registo de depoimento de um participante, o anarco-sindicalista Manuel Reis (falecido em 2000).

Conta-se para estas duas actividades com o apoio e participação de outros colectivos libertários bem como do Núcleo do Porto do Movimento Cívico "NÃO APAGUEM A MEMÓRIA"

http://terraviva.weblog.com.pt/

Centenários do Regicídio ( 1908 _ 2008)


1) Estátua de D. José
2) Sítio onde estava o Buissa o homem das barbas
3) Lugar onde ele começou a fazer fogo
4) Sítio aproximadamente onde devia estar a carruagem Real quando o homem começou a fazer fogo
5) Portão do Arsenal
6) Praça do Pelourinho
7) Sítio aproximadamente donde sahiu o tal Costa que matou o meu Pae.


O Regicídio: percurso histórico

Descrição constante no artigo intitulado “A Tragédia de Lisboa” de Eduardo de Noronha publicado na revista Serões: revista mensal ilustrada, e no artigo “Semana Trágicapublicado na Ilustração Portuguesa.

Terreiro do Paço
“(…) Eram cinco da tarde quando o vapor D. Luiz, dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, atracou. (...) O vapor do Barreiro atracou finalmente à ponte do Terreiro do Paço às 5 horas e 20 minutos [5 horas e 10 minutos, segundo outra versão] com pouco mais de uma hora de atrazo, (...)."
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Rua Ocidental do Terreiro do Paço
“(…) As carruagens partiram a trote curto pela rua ocidental do Terreiro do Paço, e as diferentes pessoas, que iam e vinham ao longo da arcada e pelos passeios, tiravam respeitosamente o chapéu, a que o rei correspondia fazendo a continência militar e conservando nos lábios o seu sorriso atraente, (...).”

Perto da curva para a entrada da rua do Arsenal
“(…) o cocheiro tomou um pouco o governo da parelha para descrever a curva e entrar na rua do Arsenal. Nesse momento um dos regicidas, o Manuel Buiça, (…) afastou-se d’um kioske pintado de verde, que fica mesmo dentro da arcada, tirou debaixo do varino a carabina Manlicher com que se munira, e sereno, (…) e apontou. (…) puxou pelo gatilho e a bala, (…) penetrou no pescoço do monarca e esfacelou-lhe as vértebras cervicais. (…) Simultaneamente com o ímpeto que só a cegueira da allucinação proporciona, Alfredo Luiz da Costa, do lado direito da carruagem, subia á capota do landau, e, receando que o primeiro tiro não tivesse attingido o soberano, desfechava o seu revólver, com a fúria dum iconoclasta que despedaça o seu idolo. (...)”
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Correios (antigo Ministério do Reino)
“(…) O regicida Buiça achava-se defronte da arcada do Ministério do Reino, (…).”

Arsenal da Marinha
“(…) Posto de socorros médicos, onde foram recebidos el-rei D. Carlos e o príncipe D. Luiz Filipe, depois do atentado. A rainha D. Maria Pia, prevenida no palácio da Ajuda, da horrorosa tragédia, correu imediatamente ao Arsenal. O encontro das duas soberanas foi lancinante. O infante D. Afonso, a quem comunicaram o horrendo atentado, pouco depois de ser cometido, correu no seu automóvel para o Arsenal. (...) No Arsenal, o cadáver do rei estava estendido sobre um colchão, o do príncipe numa maca. (...)”

Portão do Arsenal
“(…) O cocheiro (…) alcançou por fim, após minutos que lhe pareceram séculos, o portão do Arsenal, por onde enfiou. Aí, ao transpor o amplo portal, o príncipe (…) entregou a alma a quem lha confiara. (...)”

Casa da Balança
“(…) Na casa da Balança, para onde tinha sido conduzida quase à força a rainha D. Amélia, foram examinados os ferimentos do infante D. Manuel. Não apresentavam gravidade. (...)”

Largo do Município
“(…) Espalhada a notícia do regicídio com incalculável rapidez, depressa o Largo do Município foi ocupado por um esquadrão de cavalaria e um batalhão da Guarda Municipal. (...)”

Edifício da Câmara Municipal
“(…) onde foram guardados os cadáveres dos regicidas. (...) A policia, de revolvers em punho, chacinava Manuel Buiça, que fora já desarmado pelo sr. tenente Figueira, e arrastava brutalmente até á câmara municipal, onde acabava de assassinal-o, Sabino da Costa, que está definitivamente averiguado não ter tido qualquer intervenção no attentado. (...) No edifício da Câmara Municipal estendidos sobre as lageas, dois cadáveres, (…).”

Edifício do Banco de Portugal
“(…) e um terceiro na esquadra de policia do Banco de Portugal, todos ainda inominados. Eram os dois regicidas e Sabino da Costa, que, noite alta, foram transportados para a Morgue, a fim de serem reconhecidos. (…)”

Edifício do Governo Civil
“(…) O Governo Civil, onde o dictador se foi acolher essa noite, para dormir, estava egualmente protegido por uma força militar. (…)”
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Referências bibliográficas
Noronha, Eduardo de – A tragédia de Lisboa. Serões : revista mensal ilustrada. 32 (Fev. 1908) 127-151.
Semana trágica – Ilustração portuguesa. 105 (24 Fev. 1908) 254-256.
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Inscrições
Para visitar este itinerário, contacte a Hemeroteca Municipal de Lisboa - Serviço de Actividades Culturais, através dos números de telefone 21 346 07 66/92, ou do e-mail hemeroteca.sac@cm-lisboa.pt .

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Festa de Lançamento da revista Bíblia em Aljustrel

Dia 1 de Fevereiro

Festa de Lançamento da revista Bíblia (nº27 e 28) no Clube Aljustrelense
Apresentação e leitura de textos da Revista Bíblia

"A revista Bíblia já leva mais de 10 anos como um espaço de experimentação nas tendências contemporâneas das artes visuais e da literatura. Existe desde Abril de 1996 e lançou até agora 27 números. Neste momento tem periodicidade trimestral e a tiragem é normalmente de 2000 exemplares. Calculamos que estejam distribuídas cerca de 50000 revistas até à data. A revista Bíblia caracteriza-se pela variedade das áreas artísticas que abrange, como a ilustração, desenho, fotografia, pintura, design, banda desenhada, video prints, prosa, conto e poesia. A revista não exclui abordagens à arquitectura, cinema, teatro e música. Pelas páginas da revista, que funciona como espaço de encontro de uma geração, já passaram cerca de 600 colaboradores nacionais e internacionais.”

http://www.revista-biblia.com/

http://www.goncalvescorreia.blogspot.com/

Pelo direito à mobilidade das pessoas, aparece hoje na Casa Viva!

28 de Janeiro (segunda) - 21h00

Casa Viva
Praça Marquês de Pombal, 167
Porto

entrada livre
(bate o batente)

casa-viva.blogspot.com

Vamos preparar uma manifestação para o dia 9 de Fevereiro contra a Lei da Imigração, que protege de facto as redes mafiosas de tráfico de migrantes, onde se denuncie a brutalidade da actuação do governo português no caso concreto da recente expulsão de imigrantes marroquinos "sem-papéis", e se pugne pelo direito fundamental que é o da livre circulação de seres humanos.

Porque ninguém é ilegal

sábado, 26 de janeiro de 2008

A Casa da Serra em Setúbal : Solidariedade

Que cena... passei pela Serra da Arrábida no último domingo numa visita de estudo de Biogeografia e reparei nesta casa ocupada... uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi, como é referido no texto, não ter portão. Agora leio esta notícia de que foi desocupada... é triste. Esse Xavier de Lima é do pior... a primeira paragem da visita de estudo foi precisamente ao pé de uma propriedade do gajo, no Açude da Murta, na Comporta. O prof. explicou que, noutro sítio que pertence ao gajo, drenou e arrasou completamente, com bulldozers e outra maquinaria pesada, um charco semelhante ao da foto, para nada. Noutra ocasião, o prof. estava a passar por uma propriedade enorme do gajo para mostrar umas plantas quaisquer a umas colegas - e há uma lei que diz que a partir de um certo tamanho o proprietário tem que deixar as pessoas passar por lá - e apareceram os capangas do gajo, tipo cowboys, em grandes jipes, a dizer que ele não podia estar ali, mas depois de o prof. insistir os gajos telefonaram para o boss e só depois de o prof. falar ao telemóvel com o gajo é que os cowboys ficaram convencidos.
A segunda paragem foi na praia, em Tróia, onde, como foi referido no texto, está a ser construido um mega-empreendimento que vai ser completamente fechado ao público, incluindo as estradas, as ruas, os passeios, tudo o que até hoje foi público, tipo uma grande muralha à volta do empreendimento, a tal ponto que até o terminal dos barcos que fazem a ligação Setúbal-Tróia será deslocado para outro sítio, de forma a não incomodar os ricaços na sua fortaleza de férias. O prof. falou com o homem que estava a vender os bilhetes do barco para Setúbal e ele explicou-lhe isto, de lágrimas nos olhos; como um espaço que é de toda a gente vai ser apropriado por meia dúzia.A terceira paragem da visita foi na Mata do Solitário, na Serra da Arrábida, e foi na estrada para lá que reparei na casa ontem desocupada. Se construirem ali mais um empreendimento turístico será o cúmulo.
Francisco

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Desalojada a okupação “Casa da Serra”, em Setúbal

A “Casa da Serra”, espaço ocupado na Serra da Arrábida (em Setúbal) desde 11 de Abril de 2007 e alvo de várias tentativas de despejo desde 15 de Dezembro, foi desalojada hoje, dia 24, por ordem do tribunal. Uma desmesurada mas calma caravana policial apareceu logo pela manhã, acompanhada de advogados do proprietário. A operação contou com o corte de todas as estradas de acesso à casa e com um ultimato que exigia, até ao fim do dia, o abandono da casa.

Esta operação policial vem na sequência das tentativas efectuadas por parte de representantes do proprietário, que apareceram na manhã do passado dia 15 de Dezembro, acompanhados por capangas e máquinas, com o objectivo de desalojar e demolir a casa. Perante a intimidação, opôs-se a resistência determinada dos ocupantes e de muita gente solidária, que rapidamente apareceu para apoiar e impedir as máquinas. Ao verem-se impedidos de prosseguir, chamaram a GNR, que, por não existir ordem de despejo, propôs-se a negociar com o fim de chegar a um acordo verbal no qual atribuíam 8 dias para os ocupantes se irem embora.

Aos nove dias, apareceram então os proprietários na tentativa de fazer uma surpresa, mas voltaram a enfrentar séria resistência, e voltaram a chamar a GNR, que aconselhou os proprietários a não tomarem medidas precipitadas e a esperar pelo momento em que se encontrassem na posse de uma ordem judicial. Hoje já existia e foi posta em prática. De salientar que a atitude passiva da polícia acabou por dar origem a um despejo sem tensões, ao contrário do normal.

Segundo um comunicado dos ocupantes, quando foi ocupada, em 11 de Abril de 2007, “a casa estava há já muitos anos deixada ao abandono e com sinais evidentes de degradação, sem portão, portas e janelas. Com o objectivo de dar continuidade ao projecto iniciado com o Punker de Albarquel, (okupação de umas instalações militares dotadas de bunkers, também na Serra da Arrábidam, despejada nos primeiros dias de Abril de 2006) a casa foi restaurada e posta a funcionar de forma a ser possível aí levar a cabo uma sala de ensaios livre de impostos, uma sala de serigrafia, cultivo biológico”, entre outras coisas. Ao longo dos meses muitos foram os concertos, festivais e jantares que se realizaram na Casa da Serra. Muitas foram as actividades numa zona que tem de um lado a SECIL e a co-incineração e do outro, em Tróia, um Resort de Luxo.

O terreno em questão pertence a um dos maiores proprietários da margem sul do Tejo, António Xavier de Lima, dono de empresas de construção civil, de muitos empreendimentos e de uma empresa de material de “bricolage”. Aparentemente, os seus planos para a zona são... um empreendimento turistico.

De referir igualmente que na quarta-feira, dia 23, foi igualmente desalojada outra casa okupada recente em Setúbal. A "Casa da Roda" contava com algumas semanas de okupação e foi alvo de acção de despejo, movido pelo 2º maior proprietário de Portugal... a Santa Casa da Misericórdia, em conjunto com a Brigada de Intervenção Rápida da PSP.

Apesar do crescimento e persistência das okupações em Setúbal, depois de anos de destruição da serra e especulação imobiliária, temos mais do mesmo: ligações obscuras entre grandes proprietários, as grandes empresas e os interesses do poder local, e assim condena-se uma zona ao deserto capitalista que é o turismo, as fábricas, os projectos urbanísticos e as selvas de betão.

Notícia retirada de: http://pt.indymedia.org/

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Relato da vigília contra deportação de imigrantes no Porto (23/01/2008)

Ninguém é ilegal!

Por volta das 15h30, soara o alarme. O SEF preparava-se para, ainda nessa tarde, proceder à deportação de mais alguns dos imigrantes detidos no Espaço de Acolhimento de Estrangeiros e Apátridas/ Unidade de Santo António, no Porto. Ninguém conseguiu chegar às instalações do SEF antes das 16h30 e, mesmo os que chegaram a essa hora, não viram ninguém a sair. Por volta das 18h00, a advogada de alguns de alguns dos detidos informou que já só estavam seis marroquinos dentro do CIT. A deportação vespertina já tinha tido lugar.


Por volta das 18h30 cerca de três dezenas de pessoas estavam junto ao portão de entrada do Centro, no seguimento de um apelo para uma vigília decidida às três pancadas na noite anterior, no seguimento das notícias sobre as primeiras operações secretas, e ilegais, de deportação. Distribuíamos um folheto, também ele definido em cima da hora, onde se questiona o ministro sobre as políticas de emigração europeias e onde exibíamos uma faixa com os dizeres: “Ninguém é ilegal”.


A vigília durou cerca de duas horas. Por volta das 20h30, o deputado do BE, José Soeiro, tentou visitar os imigrantes para lhes entregar as mensagens que tinham sido recolhidas entre as pessoas que se manifestavam. Foi-lhe dito que eles já estavam a dormir.


Cá fora, a assembleia dos presentes decidiu marcar uma reunião para a próxima segunda-feira, dia 28 de Janeiro, na CasaViva (Pç Marquês de Pombal, 167 – Porto) para programar e preparar uma manifestação para o dia 9 de Fevereiro, onde se lute pela alteração desta lei criminosa que protege de facto as redes mafiosas de tráfico de migrantes, onde se denuncie a brutalidade da actuação do governo português neste caso concreto e onde, enfim, se pugne por esse direito fundamental que é o da livre circulação de seres humanos, sem esquecer que as migrações têm causas e que, essas sim, devem ser alvo de combate internacional. Consigamos que a miséria e a fome se transformem em memórias do passado e poderemos deitar o Frontex ao lixo.


Antes de desmobilizarmos, subimos a rua e, em frente ao bloco onde eles estão detidos, tentamos comunicar. Obtivemos resposta. Durante cerca de 5 minutos, conversamos com eles, fizemos-lhes sentir que havia gente solidária, sorrimos ao ouvir o seu “Obrigado”. Findo esse tempo, eles terão sido calados, mas puderam-nos ouvir durante mais alguns minutos até que a polícia nos impediu de prosseguir.


Mais fotos e info em

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

VIGÍLIA DE SOLIDARIEDADE COM OS IMIGRANTES "SEM-PAPÉIS"

Dia 23 de Janeiro - 18h30
RUA BARÃO DE FORRESTER (ao metro da Lapa) - PORTO

Pela calada da noite, o Governo começou a expulsar os 23 imigrantes marroquinos que chegaram a Portugal. Do seu país estes imigrantes foram expulsos pela pobreza, no nosso foram recebidos como criminosos, presos num centro de detenção, privados da liberdade para novamente serem expulsos para o país de onde tiveram de sair. Estes imigrantes são vítimas das redes de tráfico e procuram apenas uma vida melhor. Como muitos portugueses procuraram e continuam a procurar noutros países.

Esta expulsão condena os imigrantes à miséria e a arriscar a vida novamente. Devolvê-los às redes de tráfico e de imigração ilegal que estes imigrantes ajudaram a denunciar é uma atitude criminosa do Governo e é uma forma cruel de os tratar, que incentiva estas redes ilegais.

Contra a crueldade da Lei

Pelos Direitos Humanos

Contra as redes clandestinas

Vigília de solidariedade com os imigrantes "sem-papéis"
18H30 - RUA BARÃO DE FORRESTER (ao metro da Lapa) - Porto

Associações que convocam:
AACILUS, CASA VIVA, GAIA, OLHO VIVO, QUE ALTERNATIVAS, SOLIM, SOS RACISMO, TERRA VIVA!aes

Mais informação aqui: DENÚNCIA: Imigrantes Detidos no Centro de Instalação Temporária do Porto

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Documentário sobre Brad Will na Casa do Brasil

Documentário sobre Brad Will: "Brad, Uma Noite Mais Nas Barricadas"
Sexta-feira, 25 janeiro, às 21h, na Casa do Brasil


Rebelião popular em Oaxaca, México, 2006.

Quando os paramilitares dão um tiro de fuzil no peito de Brad Will, a câmara cai, mas continua gravando.

Essa câmara passa de mão em mão, contando a história de Brad. E um pouco desse movimento de movimentos conhecido como antiglobalização. Das ocupações urbanas em Nova York, a um piquete ecologista no Oregon, à batalha de Seattle, Praga, Quebec, Génova, Quito, Oaxaca...

Por trás da câmara estão os amigos de Brad que, como ele, se dedicam a mostrar o que não aparece na TV.


Documentário sobre Brad Will: "Brad, Uma Noite Mais Nas Barricadas"
Sexta-feira, 25 janeiro, às 21h, na Casa do Brasil

Casa do Brasil:
Rua São Pedro de Alcântara, 63 - 1º direito - Lisboa

Link para ver o vídeo online: http://videohackers.net/videos/download/BradWebPeqPt.mov

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

"Partes de uma cidade em Partes" - conversa em Aljustrel

Dia 26 de Janeiro (Sábado)
pelas 17.00

Conversa:
"Partes de uma cidade em Partes. Reflexão sobre a importância do espaço público participado no espaço urbano fragmentado"

por Patricia Colucas

Janta Vegetariana

Concerto: My Rules (lisboa) e Deeds of Sanity (Beja)
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Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia

"A MANDRÁGORA" pela Mandrágora, em Lisboa

Mandrágora apresentará nos dias 15 e 16 de Fevereiro o espectáculo "A MANDRÁGORA" na Sociedade Guilherme Cossul pelas 21:30 H. - Santos (Lisboa).

A peça do grupo de teatro Mandrágora, intitulada: "A Mandrágora" é baseada num texto homónimo de Nicolau Machiavel

- Com: Bruno Vilão, Bruno Corte Real, Gonçalo Mattos, Marco Ferro, Ricardo Mestre, Rita Penim e Sara Ferreira
- Som ao vivo: Igor Almeida e Sousa
- Coordenação técnica: Miguel Matias Guarda
- Roupa: Colectivo Mandrágora
- Grelha sonora: Ricardo Mestre
- Encenação e texto: Manuel Almeida e Sousa

Em http://confrariadaalfarroba.blogspot.com/2008/01/mandrgora-pela-mandrgora.html podes ver duas cenas de "A Mandrágora" em reposição em Lisboa.

Mandrágora
mandragorarte@yahoo.com.br

sábado, 19 de janeiro de 2008

Dia 20 - Workshop de Clown Army em Lisboa

Olaré-i-i!
Meninos e meninas, senhoras e senhores, o Exército está aí e aqui é mesmo uma brincadeira. Oferecemos treino em pilotar aviões com o poder da mente, conduzir tanques que atiram flores e usar armas de gargalhada maciça.

Aprenderão a defender a vossa Pátria: o Mundo inteiro, e com enormes sorrisos na cara avançarão sem medo contra todas as formas de opressão.
Juntos batalharemos pela libertação de todos os sorrisos escondidos, todos os abraços aprisionados e todas as gargalhadas abafadas. Como se isto tudo não bastasse oferecemos ainda, por cada iniciativa, uma remuneração bastante acima da média: uma enorme dose de alegria.

Somos Clandestinos e por isso temos de andar disfarçados com os nossos uniformes militares super coloridos, com narizes e muitas vezes com a cara pintada. Somos Insurgentes: não nos calamos, não paramos de gritar, nem decorrer, nem de pular até o Mundo estar um pouco mais feliz. E somos Rebeldes porque nos levantamos contra toda a opressão, começando no nosso próprio Exército. Aqui ninguém dá ordens, ninguém manda, a não ser no seu nariz.

Somos o CIRCA – Clandestino Insurgente e Rebelde “Clown Army”!

Junta-te a nós. Inscreve-te no Workshop!

WORKSHOP
20 de Janeiro, a partir das 14h
Centro Social da Mouraria (Lisboa)

Solta o palhaço clandestino, insurgente e rebelde que há em ti.

Mais infos sobre o CIRCA: http://www.clownarmy.org/

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

18 de Janeiro de 1934

Na próxima Sexta-feira, dia 18/1, recordemos a revolta operária de 18 de Janeiro de 1934.

No Porto, no Terra Viva, na Rua dos Caldeireiros, 213 PORTO (perto da Torre dos Clérigos) avança com um Debate organizado pelo Círculo de Estudos Sociais Libertários /Terra Viva!AES - em colaboração com o Movimento Cívico "NÃO APAGUEM A MEMÓRIA" e no dia seguinte, sábado, às 17h30, no ESPAÇO MUSAS (Rua do Bonjardim, 998 - Porto), o Círculo Anarquista Libertário do Porto organisa uma Conversa e Jantar sob o nome de "A insurreição de 18 de Janeiro: Cercados e perseguidos".

Mais aqui a Sul, em SINES, a autarquia inaugura a "Exposição documental. O 18 de Janeiro de 1934 - No País e em Sines" que fica até 3 de Março no Centro de Artes de Sines. Em 1934, nessa "vila onde se destacam as fábricas, as oficinas, a pesca, a agricultura e alguns serviços, a greve durou um dia, mas registou uma adesão em massa, embora pacífica. Entre os organizadores encontram-se artesãos, pedreiros e trabalhadores. Outros grupos são os dos carpinteiros, pintores, trabalhadores rurais, operários das várias fábricas corticeiras e de conservas de peixe, padeiros, barbeiros, comerciantes." Na inauguração da exposição, pelas 18.00 de sexta-feira, realiza-se uma conversa com o coordenador da URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses, Aurélio Santos, e o sineense Américo Leal, que dá conta dos eventos de Sines no seu livro “Testemunhos” (2001).

SINES: http://www.centrodeartesdesines.com.pt/programacao/2008/200801/200801_18janeiro.htm
PORTO:
http://pimentanegra.blogspot.com/2008/01/revolta-operria-do-18-de-janeiro-vai.html


Não é de mais ainda aconselhar a leitura da obra de Fátima Patriarca "Sindicatos contra Salazar. A Revolta do 18 de Janeiro de 1934" (Imprensa de CiênciasSociais, 2000) de que deixamos aqui parte da resenha que mereceu na Análise Social por Henrique N. Rodrigues:

(…) 1.º Não tem qualquer sentido reconduzir o 18 de Janeiro à Marinha Grande. Fica mais do que demonstrado que a versão oficial (interesseira, por natureza) e a versão do Partido Comunista (também obviamente interesseira) — ao prestarem destaque quase único à Marinha Grande, aos vidreiros e à liderança comunista não logram comprovativo na realidade dos factos.
2.º Ganha sentido, sim, «recolocar» o 18 de Janeiro na sua dimensão histórica exacta: um movimento operário insurreccional, que visava a reconquista das liberdades sindicais, a par do derrube do regime do Estado Novo.
3.º Neste contexto, a Marinha Grande é um episódio «mediático» (assim o diríamos na linguagem corrente), porque envolve uma ocupação da vila pelos revoltosos — ainda que de duração muito curta —, o assalto aos correios e a rendição da GNR. Sobretudo esta é, de facto,paradigmática. Mas não há greve, não houve «soviete» nem içar de bandeira vermelha nos Paços do Concelho.
4.º O episódio da Marinha Grande é, por outro lado, reposto quanto à autoria do seu comando: se é verdade que a CIS e o PC têm peso significativo na direcção do Sindicato Nacional dos Vidreiros, não é menos verdade que se comprova a participação empenhada da CGT ede trabalhadores de outras correntes político-sindicais.
5.º Fica igualmente comprovado que o movimento operário insurreccional, de que expressões concretas vão ter lugar para além da Marinha Grande, se gera e desenvolve com oconcurso das duas principais correntes sindicais — a anarquista e a comunista — e com o envolvimento dos sindicalistas socialistas ( a Federação das Associações Operárias) e da corrente sindicalautónoma (COSA — Comité das Organizações Sindicais Autónomas).
6.º Fátima Patriarca descreve bem os entendimentos e desentendimentos surgidos entre estas várias correntes e clarifica melhor o seu peso respectivo. É indubitável que a CGT e a corrente sindical anarquista tiveram, neste processo, uma influência marcante. Isto não elimina o papel dos comunistas — que não pode ser esquecido ou menorizado —, mas repõe a verdade essencial: e essa é a do contributo das várias tendências sindicais (anarquista, comunista, socialista e a dos autónomos), segundo os factos que conseguiu demonstrar.Não me parece que seja muito importante, hoje, «contar espingardas», ou seja, procurar apurar se os anarquistas foram mais decisivos do que os comunistas, ou se os socialistas ou os autónomos não tiveram significado relevante. Houve uma convergência de esforços, emergiu uma implicação de todos — mesmo que não tenha ocorrido uma unidade estratégica, organizativa, táctica, como parece evidente pela comprovação dos desencontros, pelas falhas de articulação, pelas recriminações que, «antes e depois», choveram de uma banda e de outra, em recíprocas acusações.
7.º Neste contexto, importaria retirar a conclusão de que o «18 de Janeiro» merece ser comemorado, doravante, não apenas na Marinha Grande, como tem sido tradicional, mas também em Silves, em Sines, em Almada, zonas onde a «história que se fez» deixou na tumba as ocorrências — essas, sim, muito significativas — do que ali se passou; mas onde a «históriaque hoje rompe novos véus» já permite, sem margem para dúvidas, reconhecer que o «18 de Janeiro» é ali que conquista contornos historicamente mais iluminantes. Em suma, Silves, Sines, Almada, precisam de ser «transladadas» da campa rasa em que as colocaram para o «panteão» do verdadeiro «18 de Janeiro».

Notícia enviada por:
CCA Gonçalves Correia - Aljustrel
http://www.goncalvescorreia.blogspot.com/

Blogue da Biblioteca dos Operários (Lisboa)

A BOESG já tem um Blogue onde podem ter acesso a toda a informação sobre as actividades da biblioteca!



Próxima actividade na BOESG:

- Oficina de Somaterapia
no domingo, 20 de Janeiro, pelas 13h
com João da Mata (escritor, somaterapeuta, psicólogo, mestre em Filosofia e doutorando em Sociologia Económica/UTL)

Informações: www.somaterapia.com.br
É necessário efectuar inscrição
Inscrições:João da Mata
E-mail: jodamata@terra.com.br
Tm.: 916759883
BOESG - Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade Geral
Rua das Janelas Verdes, 13, 1º esq. - SANTOS - Lisboa

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

DENÚNCIA: Imigrantes Detidos no Centro de Instalação Temporária do Porto

Reunião para preparação de iniciativa sobre a situação dos imigrantes marroquinos detidos no Centro de Instalação Temporária, no Porto.

Organização: Rede Que Alternativas?

Objectivo: denunciar e chamar a atenção para os problemas das políticas de repressão à imigração que favorecem e alimentam as redes criminosas de tráfico humano e de auxílio às acções da imigração ilegal e que estão a ser aplicadas em Portugal e na Europa. Esta foi também uma preocupação recentemente manifestada pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

O caso recente dos imigrantes marroquinos que desembarcaram no ilhéu da Culatra, em Olhão, e que se encontram detidos no centro de instalação dos SEF no Porto, como de criminosos se tratassem, veio colocar em evidência a situação dramática em que se encontram centenas de imigrantes que foram vitimas de tráfico humano e que devem ser protegidos. É nosso dever apoiá-los.
Ao contrário do que tem sido a prática das autoridades, existem Directivas Comunitárias, Convenções Internacionais instrumentos legais portugueses que obrigam à garantia de protecção destes imigrantes. A sua expulsão é praticamente condená-los à morte, pois a maior parte destes imigrantes estão dispostos a arriscar novamente a perder a vida através da travessia oceânica, como aconteceu com milhares de homens, mulheres e crianças que, durante o ano de 2007, perderam a vida ao tentaram a sua sorte na falta de outras condições.
A Rede Que Alternativas? nasceu a partir da organização da iniciativa "África-Europa: que Alternativas?", paralela à cimeira oficial, que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de Dezembro em Lisboa. Esta iniciativa contou com a participação de diversas associações e movimentos sociais europeus e africanos, quer como convidados quer como organizadores.
A Rede, então formada, congrega membros de diversas associações e visa dar continuidade, em Portugal com muitos outros actores sociais que queiram juntar-se a ela, aos debates e movimentos de luta que germinaram do referido encontro.
Hoje, na Europa, a imigração é uma das questões mais emergentes ao nível da acção e debate. O caso dos imigrantes marroquinos que actualmente estão presos no centro de detenção de imigrantes no Porto é emblemático da gravidade da situação de violação dos Direitos Humanos.
As políticas de repressão na UE, de externalização das fronteiras vão no sentido contrário dos Direitos Humanos e do apoio às pessoas vítimas de tráfico de seres humanos e favorecem a exploração desumana de homens e mulheres indocumentados.
A ideia é juntar activistas de todo o país para organizarmos esta acção junto do CIT do Porto em conjunto com a Rede Que Alternativas?
Mas para possa ser levada a bom porto, precisamos dos vossos contributos, propostas e ideias. Estamos convictos de que esta iniciativa poderia ser um ponto de partida para iniciar um trabalho conjunto, reforçar posições e parcerias imprescindíveis para a defesa dos mais excluídos e necessitados.

Contactos da Rede Que Alternativas?
que.alternativas@gmail.com

domingo, 13 de janeiro de 2008

Conversa: A Insurreição de 18 de Janeiro - Espaço Musas (Porto)


Conversa e Jantar no Espaço Musas: "A insurreição de 18 de Janeiro: Cercados e perseguidos" Dia 19 de Janeiro - Sábado - 17:30 h

Depois do debate e do jantar haverá ainda uma performance dos Kamiquazes (http://www.kamiquases.blogspot.com/)


Conversa sobre a insurreição de 18 de Janeiro de 1934 que se deu um pouco por todo o país, com a presença de dois elementos do colectivo «Luta Social» de Lisboa."

"Os anos '30 assistiram à perda definitiva da hegenomia da Confederação Geral do Trabalho (CGT) sobre o movimento operário português e ao fim do sindicalismo revolucionário e do anarco-sindicalismo como força ideológica mobilizadora entre os trabalhadores. A análise histórica deste processo passou por conhecermos o posicionamento estratégico do orgão confederal face ao movimento militar do 28 de Maio de 1926 bem como os problemas com que a organização sindical se deparou até ao malogrado 18 de Janeiro de 1934.[...]"
(extracto do texto "Cercados e Perseguidos: a Confederação Geral do Trabalho (CGT) nos últimos anos do sindicalismo revolucário em Portugal (1926-1938)" de Paulo Guimarães (Évora, 2004)

http://anarlibe.pegada.net/documentos/CGT_anos30_PGuimaraes.pdf
http://naoapaguemamemoria2.blogspot.com/2007/01/o-18-de-janeiro-de-1934-como-defesa-do.html
http://www.ics.ul.pt/publicacoes/analisesocial/recensoes/rec162/henriquerodrigues.pdf

Espaço Musas: Rua do Bonjardim, 998 (metro: Faria Guimarães)
(mapa: http://musas.pegada.net/wp-content/uploads/2006/03/mapa.jpg)


Organização: Círculo Anarquista Libertário do Porto.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Formação sobre OGM

A Plataforma Transgénicos Fora e as entidades que a compõem estão a desenvolver um programa de formação para activistas que queiram saber mais e trabalhar na área dos OGM (organismos geneticamente modificados, ou transgénicos).

Não às peles! Não à tortura de animais!

Sejamos coerentes com aquilo porque lutamos e que dizemos serem os nossos valores - podemos não conseguir mudar o mundo todo, mas façamos a nossa parte.

A PETA é uma associação de apoio a animais e o link que se segue contém cenas violentas. Esta é uma petição para ajudar a associação a acabar com isto. Se forem muito sensíveis não vejam o vídeo, a sério. Quando chegar à 500º assinatura por favor enviem para: PETA2@peta.org

http://www.petatv.com/tvpopup/video.asp?video=fur_farm&Player=wm&speed=med

BOICOTE AOS ANIMAIS NO CIRCO

www.eco-gaia.net/downloads/uploads/INO_Panfleto_Boicote_Circos_(V1Web).pdf

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Projecto Independente - Música Eletrónica - Portugal

Sábado, 12 janeiro, 19h
Música electrónica made in portugal
Sparagmos improvised titual frequencies

http://www.myspace.com/nervousstillness

Hyaena Reich transmitions from beyond
http://www.myspace.com/hyaenaxreich

Praça Marquês de Pombal, 167 - Porto

casaviva167@gmail.com

On the Road - Jack Kerouac - Lx


Luiz Pacheco Vive ***


Sobre a morte de Luiz Pacheco
Morreu, no último sábado, dia 5 de Janeiro o escritor e editor Luiz Pacheco. Morreu velho, lúcido, irónico, igual a si mesmo. Dele se pode dizer, apesar de lhe desagradarem os rótulos, que era um dos poucos escritores «malditos», neste país de bachareis em busca de dinheiro, comendas e fama. Publicou, na sua editora /Contraponto/, Herberto Hélder, Mário Cesariny, António Maria Lisboa e Natália Correia antes da moda. Nas palavras de Vítor Silva Tavares, editor da /&etc/ e seu amigo: «fez uma simbiose muito forte entre os seu percurso de vida e a sua literatura", desdobrando-se «na personagem que ele próprio criou, a personagem de vadio e pedinte, de libertino, de libertário, de iconoclasta». Passou pelos tribunais, pela prisão, pela rua e por lares de terceira idade. Viu seus livros serem apreendidos. Dos amigos intimou - e recebeu - ajuda, do Estado pouco, para não dizer nada. Deixa na sua literatura e nos seus textos de crítica literária uma marca original que nem os seus críticos, nem a hipócrita unanimidade póstuma da paróquia, poderão ocultar. Foi único, diferente e fez o que neste país é pecado mortal: mijou fora do penico -esse grande penico da política, dos bons costumes e da crítica literária. Entre os seus principais livros estão «A Comunidade», «O Libertino Passeia por Braga...», «Teodolito» e textos de crítica literária reunidos em obras como «Literatura Comestível», «Exercícios de Estilo» e «Textos de Guerrilha».
E. S
Letra Livre
Calçada do Combro, 139
1200-113 Lisboa



A Comunidade, Contraponto, 1964

(...) Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro; e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio morno nu ou numa cabecita de bebé, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pernas e braços, bafos suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem, compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva(...)

Encontro de Rádios Livres: 1 a 6 Fevereiro - Brasil

Vamos fazer e ouvir rádio livre o tempo todo, acampando ao redor da Muda, decretando a praça do ciclo básico zona liberada para propostas e ações diversas!
Pretendamos que encontros aconteçam em programas, e programas aconteçam no encontro. Simultaneamente o Carnaval de Barão Geraldo vai estar pegando fogo, com seus blocos tradicionais e folias para todos os estilos...
A TV Piolho, canal 20 UHF, também participará do encontro: TV LIVRE!
No geral, o próprio encontro vai ser um experimento de recombinações, de diferentes maneiras de se relacionar com o espaço, o tempo, o ambiente, o espectro eletro-magnético, a eletricidade, os transistors, bits, circuitos, água, sol, fogo, terra, corpos em geral...
A proposta é que a gestão de todos os aspectos de nossa experiência em conjunto seja compartilhada por todos os participantes : rangos, moradias, banheiros, lixo, programaçÃo, rádio, doideras, carnaval.
Baixe e imprima o Manual de Operações para saber quais são os instrumentos, dispositivos e ferramentas úteis e necessárias para sobreviver no Encontro.
*GradeDoEncontro : A grade de horários está em aberto para ser preenchida com propostas de atividades. A idéia é que os debates, oficinas e demais tipos de comunicações sejam realizados no estúdio para serem transmitidos. GRADE DA RÁDIO=GRADE DO ENCONTRO.
Traga seu radinho, walkman, ipobre, orelhinha, microsystem...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Jantar vegetariano no Centro de Cultura Libertária (Almada) - 19 de Janeiro

O Centro de Cultura Libertária convida-vos para um apetitoso jantar vegetariano a realizar no CCL, no dia 19 de Janeiro (Sábado), pelas 20 horas.

O preço indicativo é de 2,5 euros, e destina-se à aquisição dos materiais necessários para pôr um colectivo de serigrafia a funcionar no Centro. Quem não tiver dinheiro, é claro, não deixará de comer.

Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto (Largo dos Bombeiros)
Cacilhas - Almada

http://www.culturalibertaria.blogspot.com/

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pela Partilha de Informação - Proposta do Espaço Casa Viva


Olá!

A CasaViva tem a felicidade de ter um espaço amplo, que muito raramente é utilizado na sua plenitude. Nesse sentido, decidiu-se dedicar uma sala para coisas mais perenes, como computadores, biblio, áudio e videotecas e, igualmente importante, espaço para que gente que connosco partilha críticas e pensamentos possa divulgar as suas lutas.

Ou seja, para além de, logicamente, aceitarmos que nos enviem zines, livros, CDs, filmes e computadores que tenham a mais ou que iam deitar ao lixo, gostaríamos de vos convidar a ter uma banca permanente nesse espaço que será de acesso livre e público. Temos mesas disponíveis para colocar lá flyers, cartazes, zines, o que acharem que é importante a cada momento.

A ideia é que a banca seja alimentada pelas próprias pessoas ou colectivos que a ocupam, ou seja, é importante que, regularmente, nos enviem material novo para substituir o que a obsolescência ou o interesse de quem por cá passa fizer desaparecer.

Este apelo chegou-te, porque temos a felicidade de te conhecer. Também felizmente, há muita mais gente que se mexe para além daquela que conhecemos, pelo que vos pedimos que passem esta mensagem a toda a gente que vos pareça que possa estar interessada na ideia.

Envia as tuas coisas para:

CasaViva
Praça Marquês de Pombal, 167
4000-391 Porto

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

História do Anarquismo, edições70


Está disponível o Capítulo I da obra.
A partir da análise das filosofias e correntes de pensamento que estão na origem do espírito libertário, Jean Préposiet apresenta-nos o primeiro quadro histórico completo dos anarquismos no Ocidente. Começa por traçar o percurso político e doutrinário dos pais fundadores – Proudhon, Stirner, Bakunine ou Malatesta –, analisa o papel desempenhado pelos anarquistas durante a Revolução Russa ou na guerra de Espanha, recorda aquilo que foram os atentados anarquistas em França na Belle-Èpoque, antes de explorar os avatares e as franjas da galáxia libertária: antimilitarismo e pacifismo, niilismo e terrorismo, anarco-sindicalismo, situacionismo, ecologia, antiglobalismo, etc., propostas que continuam a mover as nossas sociedades e que colocam a eterna questão da liberdade dos homens.
SUGESTÕESOs clientes que compraram "História do Anarquismo" também compraram:
A Conquista. A Destruição dos Índios Americanos Massimo Livi Bacci
A Revolução Francesa 1789-1799 Michel Vovelle
A Felicidade Paradoxal - Ensaio sobre a Sociedade do Hiperconsumo Gilles Lipovetsky
O Codex Arquimedes Reviel Netz William Noel

ELES ESTÃO DOIDOS!, por António Barreto

La Jetée_ foto-romance de Chris Marker,1962
A MEIA DÚZIA DE LAVRADORES que comercializam directamente os seus produtose que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vaiagora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham,preparam-se, depois da chegada da 'fast food', para fechar portas e mudarde vida. Os cozinheiros que faziam a domicílio pratos e 'petiscos', a fim de os vender no café ao lado e que resistiram a toneladas de batatasfritas e de gordura reciclada, podem rezar as últimas orações. Todos osque cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, compotas, rissóis e croquetes, podem sonhar comoutros negócios. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados àsua maneira vão ser liquidados.A SOLUÇÃO FINAL vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os inspectores, os fiscais, a imprensa e a televisão. Ninguém, deste velhomundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa oscomputadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos ematérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente estácondenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têmEstado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se nogoverno nacional, sob tutela carismática do Ministro da Economia e daInovação, Manuel Pinho; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelasmultinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios doaçúcar.EM FRENTE À FACULDADE onde dou aulas, há dois ou três cafés onde osestudantes, nos intervalos, bebem uns copos, conversam, namoram e jogam àscartas ou ao dominó. Acabou! É proibido jogar!Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas delouça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico.Vender, nas praias ou nas romarias, bolas de Berlim ou pastéis de nata quenão sejam industriais e embalados? Proibido.Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtudefazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos,compotas, pão e enchidos.Na província, um restaurante artesanal é gerido por uma família que tem, ao lado, a sua horta, donde retira produtos como alfaces, feijão verde,coentros, galinhas e ovos? Acabou. É proibido.Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido.Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido. Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre éproibido. Tem de ser garrafas especialmente preparadas.Vender, no seu restaurante, produtos da sua quinta, azeite e azeitonas,alfaces e tomate, ovos e queijos, acabou. Está proibido. Comprar um bolo-rei com fava e brinde porque os miúdos acham graça?Acabou. É proibido.Ir a casa buscar duas folhas de alface, um prato de sopa e umas fatias defiambre para servir uma refeição ligeira a um cliente apressado? Proibido. Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido.Só industriais.É proibido ter pão congelado para uma emergência: só em arcas especiais ecom fornos de descongelação especiais, aliás caríssimos. Servir areias, biscoitos, queijinhos de amêndoa e brigadeiros feitos pelavizinha, uma excelente cozinheira que faz isto há trinta anos? Proibido.AS REGRAS, cujo não cumprimento leva a multas pesadas e ao encerramento do estabelecimento, são tantas que centenas de páginas não chegam para asdescrever.Nas prateleiras, diante das garrafas de Coca-Cola e de vinho tinto tem dehaver etiquetas a dizer Coca-Cola e vinho tinto.Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género.Não pode haver cruzamento de circuitos e de géneros: não se pode cortarcebola na mesma mesa em que se fazem tostas mistas.No frigorífico, tem de haver sempre uma caixa com uma etiqueta 'produto não válido', mesmo que esteja vazia.Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para umasanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessaoperação.Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda.Aproveitar outras sobras para confeccionar rissóis ou croquetes? Proibido.Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico,papel ou tecido.Torneiras de abrir e fechar à mão, como sempre se fizeram? Proibido. As torneiras nas cozinhas devem ser de abrir ao pé, ao cotovelo ou com célulafotoeléctrica.As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes pordia e devidamente registadas.As temperaturas dos frigoríficos e das arcas têm de ser medidas três vezes por dia, registadas em folhas especiais e assinadas pelo funcionáriocertificado.Usar colheres de pau para cozinhar, tratar da sopa ou dos fritos?Proibido. Tem de ser de plástico ou de aço.Cortar tomate, couve, batata e outros legumes? Sim, pode ser. Desde que seja com facas de cores diferentes, em locais apropriados das mesas e dasbancas, tendo o cuidado de fazer sempre uma etiqueta com a data e a horado corte.O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes deleite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados.TUDO ISTO, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde.Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente. E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, comestas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, poisclaro.

«Retrato da Semana» - «Público» de 25 de Novembro de 2007

de GrupoManifesto FLUL_ Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa