[Pelo dinamismo e intensidade das atividades na Grécia é quase impossível escrever uma boa atualização sobre o que está acontecendo por lá, principalmente pelas dificuldades idiomáticas, mas “vamo que vamo”. Grécia em todas as partes!]
Nesta segunda-feira (7) houve manifestações em quase todas as cidades do país, especialmente estudantis. Algumas cidades que postaram informes de protestos - que foram desde ocupações de estações de rádio, ataques a alvos capitalistas e militares, até passeatas - pelo Centro de Mídia Independente de Atenas: Kozani, Ilha de Lesbos, Lefkada, Paros, Patras, Larissa, Veria, Rodes, Ilha de Creta, Katerini, Kalamata, Zakynthos, Trípoli, Samos, Volos, Chania, Ilha de Creta.
Em Atenas, ontem à noite, depois da manifestação e da forte repressão, houve uma reunião na Universidade Politécnica ocupada. As pessoas saíram de lá em passeata, tentando evitar alguma prisão, porque havia policiais por todas as partes. A ocupação acabou.
Em Tessalônica, após uma reunião na universidade, aconteceu uma manifestação de solidariedade com os detidos, exigindo a sua libertação. Em seguida, fecharam a rua Egnatia (uma das principais ruas da cidade) de 18h45 até 22h15. Eles deixaram o local somente depois que souberam que todos os presos em 7 de dezembro iriam ser soltos.
Há algumas manifestações de solidariedade convocadas para hoje (8) em Atenas, às 19 horas, e em Tessalônica, às 18 horas. Também há várias convocações e ações em alguns edifícios que ainda permanecem ocupados.
[Ultima hora]
A manifestação em Atenas em frente ao Parlamento foi proibida, o lugar estava tomado de policiais. Mas mesmo assim houve uma concentração de manifestantes.
Fotos:
Presos libertados
Hoje pela manhã, às 6h30, as 22 pessoas do Centro Social Anarquista "Resalto", em Keratsini, que estavam detidas foram libertadas. Os juízes estiveram reunidos por mais de três horas para tomar a decisão num processo que teve início às 14h30 de ontem.
Uma pessoa foi imposta sob a fiança de 15.000 euros; duas outras uma fiança de 5.000 euros; para outras 6 pessoas uma fiança de 3.000 euros; outras quatro pessoas não receberam qualquer tipo de fiança ou obrigação jurídica; para os demais foi ditado uma proibição de sair do país, comparecer e assinar um compromisso em uma delegacia de polícia de bairro (não sabemos com que regularidade).
Na saída do Tribunal estavam os esperando 30 companheiros e familiares. Ainda hoje, passam pelo Tribunal 41 pessoas que ocuparam a prefeitura da cidade.
Neonazistas
Há diversas fotos postadas no CMI Atenas revelando que membros do grupo neonazista Chryssi Avghi atuaram conjuntamente com as forças policiais gregas na repressão dos manifestantes.
Repressão
O nível de repressão visto em Atenas e outras cidades gregas nos últimos dias atingiram picos de brutalidade sem precedentes naquele país.
Segundo um anarquista londrino, "em abril deste ano, os jornais britânicos divulgaram que um destacamento da seção da Scotland Yard [polícia britânica equivalente ao FBI dos EUA], especializada na "luta contra o terrorismo" foram deslocados ao país mediterrânico, a fim de ajudar o Estado grego para melhorar o nível do seu próprio "terrorismo". Pouco mais de um mês depois, o novo "Delta Force" [os assassinos e terroristas dos comandos motorizados da polícia grega] já estava em serviço, causando ferimentos graves em vários manifestantes".
Ele continua: "As táticas usadas na repressão às manifestações deste mês, o golpe tático que levou à prisão ativistas de um centro social chamado "Resalto”, depois de invadir o local de uma maneira injustificada e brutal, a prisão “preventiva” de muitas pessoas quando se dirigiam para as manifestações com a desculpa de identificá-las, mas com o verdadeiro objetivo de manter as pessoas longe dos locais de luta, as tentativas de estabelecer uma "onda" em torno dos manifestantes... Isto soa familiar... Tudo isto cheira a colaboração britânica com assessoramento, formação e talvez financiamento".
"Quando você vê cortar a barba do vizinho, bote a sua de molho, diz um ditado popular. Acho que os grandes líderes da União Européia estão vendo que a resistência popular anarquista avança imparável, e se hoje é a Grécia, amanhã pode ser a Inglaterra, Alemanha, Espanha..."
Proteção ao cidadão?
O Ministro de Proteção ao Cidadão do novo governo "socialista" grego falou que "durante as manifestações a polícia se quer arranhou algum manifestante". Por outro lado, um policial que preferiu não se identificar disse a um jornal local que "os confrontos não foram significativos, os protestos aconteceram como esperado".
Grande mídia
De acordo com informes veiculados na grande imprensa grega, "especialistas" políticos e agências de inteligência da Europa já temem que a instabilidade grega se espalhe por toda a região. "A Grécia é o ponto fraco da Europa e há a possibilidade de que elementos radicais inspirem outros países europeus", disse um analista ateniense sobre terrorismo.
Humor
Um político direitista grego expressou num jornal local a seguinte frase/pergunta: "Como é possível que as autoridades deixem que um bando de anarquistas tirem e queimem uma bandeira da Grécia e ainda icem no alto de um prédio público uma bandeira anarquista?".
agência de notícias anarquistas-ana
Nesta segunda-feira (7) houve manifestações em quase todas as cidades do país, especialmente estudantis. Algumas cidades que postaram informes de protestos - que foram desde ocupações de estações de rádio, ataques a alvos capitalistas e militares, até passeatas - pelo Centro de Mídia Independente de Atenas: Kozani, Ilha de Lesbos, Lefkada, Paros, Patras, Larissa, Veria, Rodes, Ilha de Creta, Katerini, Kalamata, Zakynthos, Trípoli, Samos, Volos, Chania, Ilha de Creta.
Em Atenas, ontem à noite, depois da manifestação e da forte repressão, houve uma reunião na Universidade Politécnica ocupada. As pessoas saíram de lá em passeata, tentando evitar alguma prisão, porque havia policiais por todas as partes. A ocupação acabou.
Em Tessalônica, após uma reunião na universidade, aconteceu uma manifestação de solidariedade com os detidos, exigindo a sua libertação. Em seguida, fecharam a rua Egnatia (uma das principais ruas da cidade) de 18h45 até 22h15. Eles deixaram o local somente depois que souberam que todos os presos em 7 de dezembro iriam ser soltos.
Há algumas manifestações de solidariedade convocadas para hoje (8) em Atenas, às 19 horas, e em Tessalônica, às 18 horas. Também há várias convocações e ações em alguns edifícios que ainda permanecem ocupados.
[Ultima hora]
A manifestação em Atenas em frente ao Parlamento foi proibida, o lugar estava tomado de policiais. Mas mesmo assim houve uma concentração de manifestantes.
Fotos:
Presos libertados
Hoje pela manhã, às 6h30, as 22 pessoas do Centro Social Anarquista "Resalto", em Keratsini, que estavam detidas foram libertadas. Os juízes estiveram reunidos por mais de três horas para tomar a decisão num processo que teve início às 14h30 de ontem.
Uma pessoa foi imposta sob a fiança de 15.000 euros; duas outras uma fiança de 5.000 euros; para outras 6 pessoas uma fiança de 3.000 euros; outras quatro pessoas não receberam qualquer tipo de fiança ou obrigação jurídica; para os demais foi ditado uma proibição de sair do país, comparecer e assinar um compromisso em uma delegacia de polícia de bairro (não sabemos com que regularidade).
Na saída do Tribunal estavam os esperando 30 companheiros e familiares. Ainda hoje, passam pelo Tribunal 41 pessoas que ocuparam a prefeitura da cidade.
Neonazistas
Há diversas fotos postadas no CMI Atenas revelando que membros do grupo neonazista Chryssi Avghi atuaram conjuntamente com as forças policiais gregas na repressão dos manifestantes.
Repressão
O nível de repressão visto em Atenas e outras cidades gregas nos últimos dias atingiram picos de brutalidade sem precedentes naquele país.
Segundo um anarquista londrino, "em abril deste ano, os jornais britânicos divulgaram que um destacamento da seção da Scotland Yard [polícia britânica equivalente ao FBI dos EUA], especializada na "luta contra o terrorismo" foram deslocados ao país mediterrânico, a fim de ajudar o Estado grego para melhorar o nível do seu próprio "terrorismo". Pouco mais de um mês depois, o novo "Delta Force" [os assassinos e terroristas dos comandos motorizados da polícia grega] já estava em serviço, causando ferimentos graves em vários manifestantes".
Ele continua: "As táticas usadas na repressão às manifestações deste mês, o golpe tático que levou à prisão ativistas de um centro social chamado "Resalto”, depois de invadir o local de uma maneira injustificada e brutal, a prisão “preventiva” de muitas pessoas quando se dirigiam para as manifestações com a desculpa de identificá-las, mas com o verdadeiro objetivo de manter as pessoas longe dos locais de luta, as tentativas de estabelecer uma "onda" em torno dos manifestantes... Isto soa familiar... Tudo isto cheira a colaboração britânica com assessoramento, formação e talvez financiamento".
"Quando você vê cortar a barba do vizinho, bote a sua de molho, diz um ditado popular. Acho que os grandes líderes da União Européia estão vendo que a resistência popular anarquista avança imparável, e se hoje é a Grécia, amanhã pode ser a Inglaterra, Alemanha, Espanha..."
Proteção ao cidadão?
O Ministro de Proteção ao Cidadão do novo governo "socialista" grego falou que "durante as manifestações a polícia se quer arranhou algum manifestante". Por outro lado, um policial que preferiu não se identificar disse a um jornal local que "os confrontos não foram significativos, os protestos aconteceram como esperado".
Grande mídia
De acordo com informes veiculados na grande imprensa grega, "especialistas" políticos e agências de inteligência da Europa já temem que a instabilidade grega se espalhe por toda a região. "A Grécia é o ponto fraco da Europa e há a possibilidade de que elementos radicais inspirem outros países europeus", disse um analista ateniense sobre terrorismo.
Humor
Um político direitista grego expressou num jornal local a seguinte frase/pergunta: "Como é possível que as autoridades deixem que um bando de anarquistas tirem e queimem uma bandeira da Grécia e ainda icem no alto de um prédio público uma bandeira anarquista?".
agência de notícias anarquistas-ana