Após 43 dias, o António Ferreira saíu do isolamento no pavilhão de segurança esta 2ª-feira, dia 9 de Novembro.
O António voltou ao regime normal, e à "nova" cela que lhe estava destinada, porque a direcção da cadeia cedeu às suas duas principais exigências: o direito a ter, como era habitual, uma secretária com gavetas nesta nova cela (o candeeiro e a privacidade nos duches já lhe tinham sido garantidos) e a promessa de que o irão transferir em breve para um outro estabelecimento prisional, como é seu desejo.
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Durante este mês e meio, o António acabou por estar 5 dias em greve de sede, 14 dias em greve de fome e 8 dias em greve de silêncio. Não teve, por exemplo, acesso a uma caneta para poder escrever, apesar de lhe terem sido enviadas duas por correio. Nunca teve objectos pessoais, roupas ou leitura. Mas, mesmo assim, recusou-se a voltar para o regime comum sem que lhe garantissem que teria aquilo por que estava a lutar.
Esta luta específica demonstra uma vez mais a situação que o António vive nas prisões, em que a tentativa de abafar os protestos é tão evidente, que chegam a negar, até por escrito, que o António estava em greve de fome.
No entanto, as acções, o envio de cartas e faxes, os telefonemas pessoais e um protesto à porta da prisão, tornaram impossível a estratégia geralmente utilizada de isolar quem está daquele lado dos muros.
Acreditamos que a posição corajosa e firme do nosso companheiro, juntamente com toda a solidariedade que se demonstrou cá fora, fizeram com que o António não fosse mais um suicidado pelo regime de segurança!
Nada está terminado.
Não só o António continua preso e à mercê das "promessas" dos carcereiros, como todo este sistema e as suas prisões continuam a existir!
Pela continuação do ataque a esta sociedade-prisão!
Solidárixs com António Ferreira.
[Castelhano]
Después de 43 días, António Ferreira ha salido del aislamiento en el pabellón de seguridad este pasado lunes, día 9 de Noviembre.
António volvió al régimen normal, y a la "nueva" celda que tenía destinada, porque la dirección de la cárcel cedió a sus dos principales exigencias: el derecho a tener, como era habitual, una mueble con cajones en esta nueva celda (el candeeiro y la privacidad en las duches ya se le habían garantizados) y la promesa de que será transferido en breve para otro centro penitenciario, como es su deseo.
Durante este mes y medio, António finalmente estuvo 5 días en huelga de sede, 14 en huelga de hambre y 8 días en huelga de silencio. No tuvo, por ejemplo , acceso a un bolígrafo para poder escribir, a pesar de que le habían enviado dos por correo. Nunca tuvo objetos personales, ropas o lectura. Pero, aún así, rechazó volver al régimen común sin que le garantizaran que tendría aquello por lo qué estaba luchando.
Esta lucha específica demuestra una vez más la situación que António vive en las prisiones, en que la tentativa de silenciar las protestas es tan evidente, que llegan a negar, hasta por escrito, que António estuviese en huelga de hambre. Sin embargo, las acciones, el envío de cartas y faxes, las llamadas personales y una protesta en la puerta de la prisión, hicieron imposible la estrategia generalmente utilizada de aislar a quién está de aquel lado de los muros.
Creemos que la posición valiente y firme de nuestro compañero, junto a toda la solidaridad que se demostró aquí fuera, hicieron que António no fuera más un suicidado por el régimen de seguridad!
Nada ha terminado.
No sólo António continúa preso y a merced de las "promesas" de los carceleros, ¡todo este sistema y sus prisiones continúan existiendo!
¡Por la continuación del ataque a esta sociedad-prisión!
(desde portugal) Solidarixs con António Ferreira