Dois cocktails molotov foram atirados, ontem de madrugada, contra o carro particular do chefe de uma das alas do Estabelecimento Prisional do Linhó (EPL), Sintra, destruindo a viatura. No ataque foram arremessados pelo menos mais cinco cocktails molotov, que destruíram outros dois veículos e causaram danos no portão de uma casa.
Os ataques ocorreram pouco depois da 01h00 de ontem, e surgem no meio de uma vaga de protestos dos reclusos do EPL contra a direcção da cadeia. Desconhecidos aproveitaram a escassa iluminação do bairro onde moram guardas do EPL e usaram garrafas de plástico cheias de combustível e com pavios de pano. O primeiro alvo terá sido o Opel Corsa do chefe de uma das alas prisionais do EPL.
Dois cocktails molotov foram arremessados contra o vidro frontal da viatura, que explodiu. Seguiu-se a destruição, pelo mesmo método, de um Lancia Y10, propriedade de um guarda da cadeia de Monsanto ali residente. O último carro destruído, um Fiat Punto, pertence ao mesmo dono e foi alvo do arremesso de mais um engenho explosivo. As três explosões resultantes do atentado causaram ainda danos no portão de uma residência.A Polícia Judiciária investiga os crimes de ontem de madrugada.
PORMENORES
TRANSFERÊNCIAS
Desde que começaram os protestos na cadeia do Linhó, oito reclusos já saíram deste estabelecimento prisional. Três estão em Paços de Ferreira e os outros cinco na cadeia de Monsanto, em Lisboa.
MORTE NA CADEIA
A 16 de Janeiro, um recluso do Linhó apareceu morto na cela, em circunstâncias que permanecem por explicar. A revolta na cadeia começou nesse momento.
NOVE MESES ISOLADO
O recluso morto esteve nove meses isolado da população prisional, e quando saiu da ‘solitária’, tinha mais 30 quilos.
Retirado de pt.indymedia.org
(fonte: Correio da Manhã)