Porque houve tempos em que a nossa terra não ia em cantigas eleitorais, porque houve alturas em que as nossas gentes sabiam que a polícia não era parte da solução mas sim do problema e porque sabemos que esses tempos não foram assim tão distantes, queremos relembrar e celebrar a Velha Setúbal, aquela que ainda hoje se opõe aos planos dos "grandes" e "poderosos", que resiste à "Nova Setúbal" dos Tróia Resorts, e Vales da Rosa.
Este passeio tem como objectivo relembrar as origens da cidade de Setúbal e algumas das histórias e processos de organização e lutas travadas pelas suas gentes. Esta experiência realizada pela primeira vez no ano de 2007, acontece uma vez mais durante as celebrações do aniversário da C.O.S.A e com a colaboração do companheiro Paulo Guimarães. Mais do que uma exaustiva apresentação do tema, propomo-nos a relembrar o pulsar anti-autoritário das veias Sadinas querendo estimular a curiosidade e a pesquisa daquela história que não é escrita pelos "vencedores".
Para lá dos bairrismos e localismos, para lá do nacionalismo populista que fala do povo e da sua cultura com sangue nas mãos, para lá de tudo isto está a partilha e o conhecimento de uma memória histórica rica em cultura que nos une enquanto indivíduos e comunidades, não debaixo de qualquer bandeira, fronteira ou grupo; mas sobre as ideias de Liberdade Autonomia e Solidariedade, partilhando espaços terras ou cidades.
Setúbal, 11 de Outubro de 2009
Anarquistas das terras do Sado.
Saída ás 11h de dia 11 na Pça do Bocage.