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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CONTRA TODO O TIPO DE OPRESSÃO..


Exmºs Senhores e Senhoras da Direcção da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
Deparei-me nas instalações da Faculdade de Farmácia com um documento com o título "A Praxe Explicada aos pais e alunos". .
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Estou a escrever-vos em indignação, já é minha indignação que, os órgãos de autoridade da faculdade, permitam que se exerça, coação, intimidação seguida de humilhação, dentro da suas próprias instalações, por parte de alunos que divertem-se à custa da inocência de quem entra na faculdade, mais indignado fico quando deixam circular este documento que enuncia um determinado de regras que julgo irem contra o próprio código civil, as quais vou enumerar com a esperança que este documento nunca mais seja exposto num sítio público como é a Universidade do Porto:
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1. Numa parte em que fala em exageros é dito "Todo e qualquer exagero deve ser denunciado ao Conselho de Veteranos, que tratará de punir os responsáveis". Quando se houve falar de violações à integridade física, todos os anos nas praxes, deverá ser o conselho de veteranos o organismo regulador de ofensas à lei? que autoridade terá o conselho de veteranos? A ideia que o conselho de veteranos tem alguma capacidade, ou sequer autoridade de regular abusos, é um atirar areia para os olhos no sentido de manter o secretismo de práticas bárbaras cometidas durante as praxes.
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2. Depois diz que "Todo e qualquer aluno que não queira estar sujeito à praxe de o fazer, declarando-se "Anti-praxe". Porque é que um aluno a entrar numa faculdade tem de se declarar anti-praxe só porque não quer participar? Esta obrigação é um limite à liberdade, e julgo ser um método de coacção já que poucos querem-se sentir à parte declarando-se anti alguma coisa que não sabem muitas vezes bem o que é, e que só eles respeita a decisão de querer, ou não, experimentar e porquê. E que autoridade tem a própria faculdade, já nem digo o conselho de veteranos, de criar uma regra desse género? isso é sequer legal? e se agora eu para entrar na faculdade tenho de me declarar anti-muçulmano, ou anti-comunismo, só porque não quero exercer práticas religiosas ou seguir certas ideologias?
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3. Depois declara que, sendo anti-praxe, não se pode andar trajado, ir à queima das fitas ou a qualquer outro evento que seja considerado parte integrante da praxe. O traje é comprado em lojas, e a queima das fitas tem bilhetes à venda para qualquer pessoa. Esta afirmação é uma mentira com o objectivo de fazer com que certos alunos que não queiram participar na parte humilhante da praxe participem porque acham que terão algo a perder. Espero que este documento seja modificado, e que a coacção e intimidação que ocorrem nos corredores da faculdade de farmácia, e de muitas faculdades do Porto, deixe de existir por respeito à liberdade dos indivíduos e convivência saudável entre os estudantes.Se este assunto não for resolvido tratarei de investigar a nível legal como posso impedir a propagação destas mentiras.
Obrigado pela atenção,com os melhores cumprimentos,