No passado dia 1 de Maio, dia do trabalhador, deu-se uma manifestação anti-capitalista e anti-autoritária exigindo a recuperação das nossas vidas, roubadas há muito tempo pelos vários aparelhos repressivos e exploradores da sociedade.
No final da manifestação, verificou-se um ataque cobarde e repentino por parte de meros mercenários do estado (também conhecidos como bófias) contra os manifestantes que apenas estavam nas ruas que a todos pertencem. Foram disparados tiros reais para o ar, tiros de balas de borracha, sem qualquer tipo de precaução por quem circulava na praça, e à queima-roupa, e ainda utilizado gás pimenta. Como se isto não chegasse, a bófia ainda fez uma caça ao manifestante, passando o resto da tarde em busca de indivíduos para puderem exercer mais um pouco da sua força e repressão.
Isto é uma prova irrefutável que o aumento de repressão é proporcional ao aumento de exploração, e da vida de miséria que nos obrigam a viver. Querem-nos manter calados, alienados e afastados uns dos outros, obedecendo às suas leis, e com um comportamento de fantoche, para que possam continuar a ter posse sobre as nossas vidas, e decisões.
Felizmente, não foi isso que se verificou no dia 1 de Maio. As pessoas presentes naquela praça não se submeteram às ordens da autoridade vigente, e tomaram uma posição perante a sua domesticação e subordinação forçada. Ripostaram com o que tinham à mão, fosse bandeiras, ou pedras, e levantaram barricadas como maneira de autodefesa àquele ataque.
Na luta contra qualquer tipo de controlo e repressão sobre a nossa vida, é necessário resistir, e contra-atacar. Apesar de nos quererem assustar, massacrar e calar, não é com este tipo de ataques que o vão conseguir, porque o medo é cada vez menor.
Resistindo, a busca pela liberdade e autonomia aumenta, e este tipo de ataques devem ser sempre ripostados, pois a vida é nossa, e é crucial tomá-la de volta.
Unidos e Organizados:
Em busca pela liberdade, e contra a corrente.