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terça-feira, 30 de junho de 2009

Sábado, dia 4 de Julho, no Centro de Cultura Libertária - Cacilhas, Almada


16h30 Themroc

Filme de Claude Faraldo, produzido em 1972 em França. Retrata a revolta de um trabalhador contra o quotidiano de miséria a que se encontra submetido. O seu despertar leva-o à procura do fruir dos instintos mais primitivos reprimidos pela domesticação da sociedade industrial, e ao repelir da instituições causadoras dessa repressão. Sem linguagem conceptual durante todo o filme, uma obra prima de crítica à civilização.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A paixão pela liberdade



A penúltima sessão do julgamento dos “25 de Caxias”, realizada dia 24 de Junho foi, surpreendemente, o final deste processo.
Durante a manhã foram ouvidas, rapidamente, as últimas duas testemunhas de acusação e as 3 únicas testemunhas de defesa.



As de acusação, um ex-recluso e um recluso, confirmaram mais uma vez um estado de memória “fraca”, 13 anos passados relativamente aos factos de 23 de Março de 1996. Assim sendo nada ficou demonstrado nestas últimas declarações e uma das testemunhas foi acusada formalmente de prestar falsas declarações, como aliás ocorreu na sessão anterior referente a uma testemunha de acusação (também ex-recluso).

Uma clara e impactante imagem do sistema prisional da altura foi dada pelas três testemunhas de defesa: um professor universitário (de sociologia), ligado a uma associação de apoio aos reclusos (aced); um Jornalista (antigo recluso), também membro desta associação; e um jurista, membro da Amnistia Internacional e conhecedor dos ditos acontecimentos. Todos foram unânimes ao denunciar as péssimas condições nas prisões portuguesas, os maus tratos, espancamentos, perseguições, assim como a sua “podre” administração. Declarações como: “as queixas sobre comida estragada eram quase banais” e “a assistência médica pura e simplesmente não existia” demonstraram inequívocamente como se ”vivia” nas prisões; e outras como: “o director geral das prisões, Celso Manata, foi demitido por incompetência” e “ o nº de mortos nas cadeias portuguesas era o mais elevado da Europa” serviram para mostar ao tribunal a escandalosa gravidade da situação prisional.

A manhã terminou com a decisão de que o processo se encerraria naquele mesmo dia. Assim, a tarde iniciou com as alegações finais e surpreendentes da procuradora do ministério público, que pediu a absolvição de todos os arguidos excepto de dois, a quem pediu o pagamento do valor dos danos causados (cerca de 35000 euros) por estes terem sido apontados como cabecilhas do movimento -apesar de não ter sido demonstrada a participação em actos violentos, apenas a sua presença fora das celas e o seu empenho em comunicar com os reponsáveis dos serviços prisionais.

Seguiram-se as alegações finais dos advogados de defesa que iniciaram concordando com o pedido de absolvição dos seus clientes, até à intervenção de um dos advogados que levou o seu discurso mais além, apontando o estado português como responsável pelas más condições prisionais que levaram os reclusos a adoptarem diversas formas de luta e por isso exigindo um julgamento do próprio estado; exigiu também a absolvição de TODOS OS ARGUIDOS e inclusivé o pagamento de uma indeminização aos arguidos pelos danos e transtornos causados a vários níveis com a reabertura deste processo, principalmente, os danos originados pelas sentenças cumpridas na totalidade ou quase na totalidade devido ao “envolvimento” dos arguidos neste processo.

As outras alegações finais, a partir daqui, tornaram-se mais acusadoras em relação ao papel do estado e reivindicativas em relação aos direitos dos reclusos expostos na lei, alegando assim a legalidade dos actos de resistência e auto-defesa por parte dos reclusos.

Com este final confirmou-se o rídículo que foi reabrir este processo passado tanto tempo, tentando condenar alguns daqueles que lutaram por uma vida menos cruel dentro das prisões.

Haverá mais uma sessão dia 8 de Julho, onde serão ouvidas as alegações finais dos arguidos e as de uma advogada de defesa que faltou nesta sessão, bem como será marcada a data do veredicto final.

Contra este e todos os julgamentos.
Contra este e todos os tribunais.
Contra estes e todos os veredictos.
Contra todas as prisões...SEMPRE!

domingo, 28 de junho de 2009

A guerra social no $hile e a morte do companheiro Mauricio


Na noite de 22 de Maio morreu o companheiro Mauricio Morales, vítima de um artefacto explosivo que transportava na mochila, que se detonou acidentalmente. O seu alvo era uma "escola" de gendarmeria (guardas prisionais). Um outro companheiro, Diego, é buscado neste momento por ter estado com Mauricio na altura.


Desde essa noite que os movimentos e espaços anarquistas ou autónomos têm sofrido perseguições constantes. Vários centros soci
ais foram invadidos e revistados (la idea e C. S. Johny Cariqueo) pelas várias polícias especiais e, num deles, detiveram um companheiro, Cristian, por suposta posse de pólvora. Os comunicados da casa refutam esta acusação e falam-nos da guerra que têm vivido.


Para mais informações ver
www.hommodolars.org

A rádio Bronka tem disponível um programa de rádio de homenagem a Mauri e sobre a situação repressiva no chile:
http://podcast.radiobronka.info/?p=340#

Várias acções já foram feitas em solidariedade não só com o companheiro caído, mas também com todxs aquelxs que agora lutam contra a repressão que o estado $hileno tem exercido em Santiago.
Relatos e comunicados de algumas acções:
barcelona, barricadas e ataque a consulado
ataque em atenas
tentativa de ataque ao citybank
Manifestação na argentina
Sabotagem a um banco no México

“Transformemos nuestro dolor en rabia y nuestra rabia en pólvora”


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Boletim Anarco-Sindicalista nº 32 - Junho-Julho-Agosto 2009


Boletim Anarco-Sindicalista nº 32 - Junho-Julho-Agosto 2009

Download:

http://www.ait-sp.blogspot.com/

Cartaz de actividades do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia, Junho/Julho '09

Sábado, 27 de Junho , 16h30 - Filme: Urânio - é um país?, 20h30 - Jantar Vegetariano no Centro de Cultura Libertária - Cacilhas, Almada


Urânio - é um país?
Procurando as origens da Energia Nuclear

De onde vem a tua electricidade? Este documentário procura as origens da energia nuclear e aponta para a Austrália. Aí a mina de Urânio Olympic Dam é gerida pela multinacional BHP Billiton. Consome grandes quantidades de água, um recurso sem preço.

Um residente indígena fala do impacto que a mina tem no ambiente em que vive.Entretanto, a 1300 km de distância, em Melbourne, dão-se protestos na sede da BHP - os activistas pretendem que o negócio sujo termine. A extracção de urânio é bastante lucrativa e a sua procura está a aumentar. O porta-voz da Associação de Urânio da Austrália fala de um futuro radioso. Argumenta que a Austrália tem potencial para mais 15 a 20 minas de urânio. Do outro lado do mundo, a energia nuclear é sujeita a debate. Em França, Bruno Chareyron procura radioactividade em sítios nucleares e no transporte de urânio. Na Alemanha, Claudia Kemfert do Instituto Alemão de Pesquisa Económica explica porque a energia nuclear se transforma em rios de dinheiro. Michael Müller, secretário governamental do ministério do ambiente adere à ideia de uma anulação gradual da energia nuclear. Aponta que a energia nuclear não está apropriada para parar as mudanças climáticas.


53 minutos
2008 Alemanha/ França / Austrália
Realizado por: Stephanie Auth, Isabel Huber e Kerstin Schnatz
Línguas: Alemão e Inglês
Legendas em Inglês
http://nukingtheclimate.com/

20h30 - Jantar Vegetariano
Contribuição livre

Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º dto. - Cacilhas - Almada

domingo, 21 de junho de 2009

5ª sessão do julgamento dos “25 Caxias”

A 17 de Junho ocorreu mais uma sessão do julgamento dos “25 de Caxias” onde foram ouvidas 3 testemunhas de acusação.

A primeira – engenheiro responsável pela obra de recuperação dos danos causados – chegou a admitir que o custo elevado da obra não foi aplicado apenas na reparação do 3º piso mas também em vários outros pontos necessários para cumprir o regulamento das infra-estruturas prisionais.

segunda, um ex-recluso, deu-lhe um ataque de amnésia de tal maneira que saiu dali com um processo crime por falsas declarações – por na altura ter sido um chibo e agora de nada se recordar: “Não me lembro da greve dos guardas. Não me lembro do jantar. Não me lembro da medicação. Não me lembro da brigada anti-motim... Não sei, não vi, não estava lá, estava na cela...”.

À tarde, depois de um atraso de hora e meia no transporte em carrinha celular da terceira testemunha, aparece um belo chibo a contar uma história “recém injectada” denúnciando mecanicamente um dos arguidos como “o chefe revoltoso dos reclusos”. Mas rapidamente foi desacreditado, por descrepâncias nas declarações, pelos advogados de defesa.

Assim sendo, até à data, ainda não existe nada que aponte nenhum dos arguidos como autor dos factos; apenas alguns foram referidos como instigadores mas sem declarações firmes.

Esta semana, dia 24 de Junho, terá lugar mais uma sessão no tribunal de Oeiras deste julgamento-farsa.

A nossa solidariedade continuará activa...

Cada sessão é um acumular de raiva...

Esta merda tá para rebentar!

Campaña nacional e internacional contra los asesinatos obreros en Venezuela!


Campaña nacional e internacional contra los asesinatos obreros en Venezuela

* Desde El Libertario www.nodo50.org/ellibertario nos hemos sumado y
estamos esforzándonos por divulgar esta iniciativa, que busca enfrentar al
sicariato que está segando la vida de activistas sindicales en el país.

¡Basta de muertes y represión a los trabajadores que luchan!

El pasado 5 de mayo ha sido baleado y asesinado por sicarios, al salir de
su casa, el dirigente sindical Argenis Vásquez, secretario de organización
del sindicato de la trasnacional automotriz Toyota, en Cumaná. Este
asesinato ocurre justo después que los trabajadores protagonizaran un paro
de casi un mes exigiendo reivindicaciones; el trabajador asesinado lideró
la protesta y era centro de los enfrentamientos con la empresa y la
gerencia. Todo apunta a que se trate de la “respuesta” no oficial de la
empresa, que no pudo imponer su voluntad en la huelga.

Sin embargo, no han pasado más de tres meses desde que, también en el
oriente del país, en Anzoátegui, murieran los obreros Pedro Suárez y
Javier Marcano a manos de una violenta represión de la policía regional, a
cargo del gobernador Tarek Willian Saab, en un intento de desalojo de la
también transnacional automotriz japonesa, Mitsubishi Motors. Los
trabajadores ocupaban la fábrica en rechazo al despido de 135 contratados
y por reivindicaciones.

Estos hechos se suman al atroz asesinato de tres de los principales
dirigentes de la Unión Nacional de Trabajadores (UNT) del estado Aragua,
también a manos de sicarios que los balearon el pasado 27 de noviembre en
la zona de La Encrucijada. Se trataba de Richard Gallardo, presidente de
la seccional regional de la UNT, Luís Hernández, dirigente sindical de la
empresa Pepsi-Cola y Carlos Requena, delegado de prevención de la empresa
Produvisa, miembros a su vez de la organización política Unidad Socialista
de Izquierda (USI). Estos dirigentes obreros estaban a la cabeza de la
central sindical en uno de los estados con mayor conflictividad obrera en
el país, y motorizaban la solidaridad de otros trabajadores con la
ocupación de la trasnacional colombiana Lácteos Alpina ante la amenaza de
cierre de la misma lo que había implicado duros choques con la represión
de la policía regional (dirigida entonces por el gobernador Didalco
Bolívar).

Suman así seis obreros asesinados en procesos de lucha reivindicativa, en
apenas cinco meses. En la mayoría de los casos, se trata de una política
que apunta hacia la “colombianización” de los conflictos
obrero-patronales: el pago de sicarios para asesinar a dirigentes
sindicales y amedrentar por esa vía a la clase obrera y desarticular sus
organizaciones. No debe olvidarse que también los trabajadores de
Sanitarios Maracay (en Aragua) han sido objeto de diversas amenazas y
persecuciones selectivas a lo largo de su lucha; que los trabajadores de
la Mitsubishi Motors denunciaron que un automóvil en el que se trasladaban
fue objeto de disparos cuando estos se encontraban en labores de difusión
al público de la filmación del asesinato de los dos obreros; y que en
junio del año pasado (2008), Gloria Palomino, dirigente obrera de la
empresa de ventiladores FM (Fundimeca) en Carabobo, fue herida de bala en
una pierna por motorizados mientras se encontraba al frente de una toma de
los portones de la empresa exigiendo se cumpliera una orden de reenganche
laboral.

Estos asesinatos (y atentados) a trabajadores en lucha estarían marcando
un método de “resolución” de los conflictos obrero-patronales, en medio de
una gran impunidad reinante, puesto que a la fecha no hay ningún
responsable intelectual o político de los atentados y las muertes que haya
sido ubicado, enjuiciado ni condenado. Al contrario, hay un proceso de
criminalización de la protesta obrera, donde alcanza casi el centenar la
cifra de trabajadores o trabajadoras con juicios en curso o bajo regímenes
varios de presentación ante los tribunales, por haber participado de
alguna protesta.

Por todo esto las organizaciones y personalidades abajo firmantes nos
pronunciamos enérgicamente en contra de esta situación, levantamos fuerte
nuestra voz de repudio contra el asesinato de obreros en lucha, tanto por
los sicarios auspiciados por los patrones como por los cuerpos de
seguridad oficiales, protestamos contra la impunidad reinante hacia estos
crímenes y exigimos juicio y castigo ejemplares para los responsables
políticos e intelectuales.

Estamos convencidos y convencidas de que si se dejan pasar estos hechos
podemos enrumbarnos peligrosamente hacia un escenario nacional de
proscripción y silenciamiento por la fuerza de la legítima protesta y
lucha de los trabajadores por sus reivindicaciones.

¡Basta de muertes obreras por luchar por sus derechos!

¡Exigimos a todos los poderes del Estado el juicio y castigo a los
responsables de estos crímenes, para lo que proponemos la conformación de
una Comisión Investigadora Independiente, integrada por organizaciones de
los trabajadores, organismos de derechos humanos y familiares, que tenga
acceso a toda la información disponible y libertad de acción para
investigar seriamente hasta el final!

¡Exigimos el desprocesamiento de los trabajadores enjuiciados o con
regímenes de presentación ante los tribunales por luchar por sus derechos!

¡Queremos a la Guardia Nacional, el Ejército y las policías fuera de los
conflictos obreros!

¡Llamamos a la más amplia coordinación y movilización concreta de las
organizaciones de trabajadores, estudiantiles, de derechos humanos,
intelectuales y artistas verdaderamente democráticos, para sumar esfuerzos
en una gran campaña nacional e internacional contra estos crímenes!

Junio 2009

PRIMERAS FIRMAS

Asamblea de Trabajadores de la Toyota 15/5, Cumaná; Carlos Farías,
Secretario de Prensa y Propaganda de SINTRATOYOTA; Sindicato de
Trabajadores de la NESTLÉ, Sindicato Bolivariano de Trabajadores de
CATIVEN; Sindicato Único de Trabajadores y Trabajadoras de MANPA;
Sindicato de Trabajadores de SANITARIOS MARACAY; Sindicato de Trabajadores
de GENERAL MILLS de Venezuela (DIABLITOS UNDER WOOD); Sindicato de
Trabajadores Bolivarianos Inversiones SEABOOCS C.A.; Sindicato Único de
Trabajadores de la Universidad Central de Venezuela (SUTRA-UCV); Sindicato
de Obreros del Comedor Estudiantil de la Universidad Central de Venezuela
(SOCE-UCV); Sindicato Nacional de Trabajadores de la UCV (SINATRA-UCV);
Emilio Bastida y Marcos Guzmán, Coordinadores Regionales de la UNION
NACIONAL DE TRABAJADORES (UNT) de Aragua; Orlando Chirino, Coordinador
Nacional de la UNT y por la Corriente Clasista, Unitaria, Revolucionaria y
Autónoma (CCURA); Sindicato Profesional de Insecticidas y Conexos del
estado Aragua; José Bodas, Secretario General del FEDEPETROL (Anzoátegui);
Frank Hernández del Sindicato de Trabajadores y Trabajadoras de la
PEPSICOLA; Cristhian Pereira, secretario del Sindicato de Trabajadores de
CHRYLER AUTOMOTRIZ; Stalin Pérez Borges, Coordinador Nacional de la UNT;
Tendencia Clasista Revolucionaria (TCR), SIDOR (Guayana); Centro de
Estudiantes de Sociología de la Universidad Central de Venezuela (UCV);
Consejeros Estudiantiles de la Escuela de Sociología de la Universidad
Central de Venezuela; Frente Unido de Trabajadores y Trabajadoras por la
Vida, la Salud y el Empleo (FUTRAVISEM); Sismely Carrillo, Secretario
General de SINUTRASUFAR; Juan Caracas, Secretario de Seguridad y
Vigilancia de SIMBOTRAS BAN HEEL; Lisandro Noguera, Secretario de Finanzas
de SINTRACORSUCA; Héctor Ríos, Secretario de SINTRASELVA; José Salcedo,
Secretario de Organización de SINUTRAFORJARAGUA; Álvaro Ramos, Secretario
de SINUTRAFORJARAGUA; Roberto Bolívar, Secretario de Reclamos de
SINTRAEMPROQUI; Héctor Bolívar y Andrés Arriaza, Secretarios del Sindicato
Único de LA GIRALDA; Pedro Garrido. Secretario de Organización del
Sindicato de ALUCENCA; David Hernández, Secretario General del Sindicato
VASOS VENEZOLANOS; José Contreras, Secretario de Actas del Sindicato de
CORRESPONDENCIA DE VASOS SELVA; Luis Jiménez. Secretario de Organización
de SUNTRACALIPEIMA; Luis Hernández. Secretario de Organización de
TONOROGAS; Rafael Figueroa, Secretario de SINTRASOBIA; Simón Mollejón,
Secretario General de SINCROSOMA, Rafael Correa, Vocal de SINCROSOMA; Luis
Torrealba, Delegado de Trabajadores de CATIVEN (Anzoátegui); Periódico
PROCESO; Asociación Latinoamericana de Economistas Marxistas (ALEM);
Patricio Silva, Coordinador Regional de Misión Sucre, estado Aragua; Radio
Comunitaria ECOS 93.9 FM (Mérida), Colectivo Editor de El Libertario; ...
(siguen las firmas)

---------------------------------------------------------------------------

Envía tu adhesión al correo v.contrarepresionobrera@yahoo.com
especificando tu nombre, el nombre de la organización (sindical,
estudiantil, política, de derechos humanos, comunitaria, artistas,
intelectuales, etc.) si perteneces a alguna, ciudad y país.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Concentração em solidariedade com os "25 de Caxias"

Na próxima 4ª-feira continua o julgamento do "Motim de Caxias", no tribunal de Oeiras.

(para informações sobre este caso ver mensagens anteriores ou ir a
www.presosemluta.tk )

Apelamos a uma concentração solidária em frente ao tribunal de Oeiras, dia 24 de Junho, às 11 horas.

Que se acabe já com o processo dos "25 de Caxias"!
Solidariedade com os rebeldes!
Abaixo os muros das prisões!

(Morada do tribunal: Av. D. João I, Bairro da Medrosa, Oeiras, Palácio da Justiça)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Solidariedade com os "25 de Caxias"

Na noite de 14 de Junho foram feitas várias pintadas na zona da Feira da Ladra e do Bairro Alto (Lisboa), em solidariedade com os "25 de Caxias" e contra os tribunais e as prisões.
Entre outros locais, algumas das pintadas foram feitas num edifício do Ministério da Defesa Nacional.
Esta acção vem no seguimento de outras pintadas que já tinham aparecido anteriormente, tanto em Lisboa como em frente ao tribunal de Oeiras.
Desejamos que estas acções, ou outras, se alarguem a outros sítios e se espalhem por todo o lado! Que todos os que assim quiserem ponham de si uma parte naquilo que pretendemos que seja uma campanha de solidariedade com os "25 de Caxias" e contra os tribunais e as prisões.
Quem quiser contribuir, que o faça.
Enchamos as cidades, vilas e aldeias onde vivemos de tinta!

SOLIDARIEDADE COM OS "25 DE CAXIAS".
LIBERDADE PARA TODOS. FOGO ÀS PRISÕES!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Apresentação da revista Húmus #5 - 20 de Junho - Almada


Apresentação da revista Húmus #5
20 de Junho - Sábado - 16.30h

no Centro de Cultura Libertária
(Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada)
culturalibertaria.blogspot.com


Revista Anarquista Húmus nº5


Publicação do Centro de Cultura Libertária

Download em PDF:

Capa:
http://humus.webs.com/PDF/capa_humus_5.pdf

Corpo da revista:
http://humus.webs.com/PDF/humus_5.pdf


Editorial

Este Húmus acusa o tempo que passou desde o último número. Tem mais páginas e mais textos, alguns dos quais hão-de parecer ao leitor algo desactualizados, mas, devido ao seu interesse, não deixámos de os incluir nesta edição. Outros reflectem o passado imediato.

Desde o último Húmus, a COSA celebrou novo aniversário (e desejamos-lhe que continue por muitos e bons anos), vimos surgir uma Plataforma Abstencionista, em luta contra um sistema político hipócrita e desprovido de conteúdo, que se tenta renovar através do circo das eleições (e serão três este ano!).

O novo ano assistiu à criação de novos colectivos anarquistas. Vimos surgir a Alternativa Libertária, em Lisboa e no Porto, o Colectivo Anarquista Hipátia do Porto, assim como o Núcleo de Estudantes Anarquistas na Amadora.

A polícia teve novas oportunidades para demonstrar que não é “justa e leal” e não falhou em dar-lhes uso. Assim, um rapaz da Amadora foi assassinado com um tiro à queima-roupa, no fundo, por não viver no bairro certo e pertencer à classe social errada. Mas as pessoas do bairro reagiram – e de que forma! O crime, segunda face da exclusão e a degradação humana que o acompanha surgiram em força, tendo como resposta por parte de uma classe política necessariamente impotente ante a catástrofe social que lavra debaixo dos seus pés operações mediáticas de Estado policial, com bairros chamados “de risco” fechados pela polícia, sobrevoados por helicóptero para as objectivas filmarem, os seus habitantes molestados e as portas das suas casas arrombadas com violência Seguiu-se uma barreira de mentiras mediáticas obra de um jornalismo ignorante e de manifesta má-fé, para a qual até o anarquismo se viu arrastado.

Na mesma onda de repressão policial, vimos companheiros e amigos nossos a serem agredidos com bastante violência durante uma concentração pacífica em Almada, que pretendia apenas que se respeitasse uma zona pedonal onde já assistimos, inclusive, a atropelamentos.

A repressão principia nas licenças tornadas pretensamente necessárias para qualquer um se manifestar na rua, nas bastonadas aplicadas nas cabeças de quem, ousadia extrema, ainda se atreve a protestar e culmina nas execuções sumárias às mãos da polícia. Não é por acaso que Kuku morre um mês depois de Alexis, não é por acaso que a polícia se finge alarmar com o aumento de actividades dos “extremistas”, num país onde, todos sabemos, pouca contestação radical existe. Não é por acaso que vivemos há muito tempo sob permanente paranóia securitária, bombardeados constantemente com notícias sobre “criminalidade violenta”, e com “opiniões” vomitadas em catadupa por “fazedores de opinião” que pedem mais polícia, mais violenta, melhor armada e mais impune. Os ricos e poderosos assustam-se, e tentam colocar do seu lado a grande maioria da população. Contra os marginais e marginalizados, contra os que se atrevem a violar o sacrossanto princípio da propriedade privada e a afrontar o seu garante, o Estado.

A realidade actual e as suas falsas alternativas não nos agradam. Queremos o fim de tudo isto. A solução não está em reformar ou “moralizar” o capitalismo, mas sim em destruí-lo. Nada há que esperar do Estado, braço armado dos poderosos. Não queremos atenuar a nossa exploração ou tornar mais suportável a opressão... Das chamas da Grécia vieram palavras de alento e inspiração... Nós somos uma imagem do futuro.... A luta que faz falta é contra toda a exploração e contra toda a opressão, contra qualquer governo ou autoridade, a luta que faz falta é anarquista.

Actividades na Casa Viva - Porto

5ª, 18 junho 18h45 | 20h30
Cicloficina

sábado, 20 junho
16h30 Cinema Comunitário
O Pesadelo de Darwin, de Hubert Sauper (107')

21h00 Punk Crust
Regicidio (Toledo-Espanha)

casa-viva.blogspot.com

Conversas informais... Junho e Julho - CCA Gonçalves Correia - Aljustrel


20 de Junho (Sábado)
17.30 Conversas informais... "Acerca do Motim de Caxias.
A história em curso de uma farsa e a luta contra as prisões"
Jantar vegetariano
22.00 Projecção do documentário "Revolta nas Prisões Gregas"

27 de Junho (Sábado)
17.30 Conversas informais... sobre
"Grupos de afinidade, lutas intermédias e insurreição"
Jantar vegetariano


03 de Julho (Sexta)*
22.00 Passagem no Museu de Aljustrel do documentário
"Bab Sebta" seguido de conversa com os realizadores
* (iniciativa C.M. Aljustrel)

17 de Julho (Sábado)
17.30 Conversas informais...
"A precaridade. Conversa em torno da realidade local"
Jantar vegetariano

As actividades do projecto CCA acontecem no Club Aljustrelense e antecipadamente
será feita divulgação individual com resumo das propostas.

http://www.goncalvescorreia.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

[Peru] Se isto não é uma guerra, o que é?



Sobre os enfrentamentos entre indígenas amazônidas e tropas militares peruanas

Com o objetivo de implementar o Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Peru e Estados Unidos, o presidente peruano Alan Garcia promulgou no ano passado uma série de decretos-leis para entregar os recursos florestais e hídricos da Amazônia peruana a grandes empresas multinacionais. Essas leis também facilitam a perfuração dessas terras à procura de petróleo e gás por grandes corporações petrolíferas. Os índios não foram consultados e sentem que esses decretos podem facilitar a tomada da Amazônia por essas empresas. Também sentem que estão perdendo a condição de preservar suas terras e garantir sua segurança. A tudo isso se opõe as comunidades indígenas que habitam essas terras há milhares de anos. Os indígenas bloquearam vários rios utilizados pelas empresas para transportar mercadoria e maquinários. Bloquearam também estradas, pistas de aterrissagem e estações de bombeamento nos oleodutos que vão do Amazonas em direção ao litoral.


Em 5 de junho as comunidades bloquearam várias estradas na região de Bagua, ao norte do Peru. O governo peruano abriu o caminho ao capital mundial para explorar e destruir a Amazônia, e determinou uma feroz repressão que culminou num choque entre a polícia militarizada e as comunidades indígenas.

Até agora foram contados 50 indígenas mortos, mais de 150 feridos e várias pessoas desaparecidas, entre eles idosos, mulheres e crianças. Mas os habitantes da Amazônia peruana, dando um belo exemplo, não se conformaram em serem as "vítimas" e responderam como devia: matando 24 agentes da polícia, dos quais muitos foram degolados. Assim mesmo, eles saquearam e incendiaram vários edifícios do Estado nos povoados da região.

A imprensa foi inundada de queixas e lamentos por este novo uso "excessivo" da força. Como se o Estado peruano não tivesse feito exatamente aquilo que todos os estados fazem: negociar a expansão total do lucro e a exploração capitalista.

Mais inteligente e desiludida foi a reação das próprias comunidades amazônicas, que depois de responder com violência à violência, pedem a cabeça de Alan Garcia e da oposição democrática do Peru, todos cúmplices na devastação da terra e dos povos que habitam essa região.

O Estado peruano é uma força hostil de ocupação. Os indígenas sabem muito bem, e por isso respondem corretamente a uma invasão brutal que já dura mais de 500 anos, e que os indígenas não pensam ser parados diante de nada.

Estes fatos só confirmam o que deveria ser óbvio a primeira vista: que está se desenvolvendo uma Guerra Civil Global, que essa guerra toca-nos a todos e todas, e que no futuro ela será mais intensa e inocultável.

Galeria de imagens, algumas fortes: http://catapa.be/en/north-peru-killings

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=yUNxlpdmB9k

ANA - agência de Notícias Anarquistas

terça-feira, 9 de junho de 2009

Visionamento do filme "Lucio" - Sábado, 13 de Junho, 16h30m - CCL, Almada


Sábado, 13 de Junho – 16h30m
Centro de Cultura Libertária

Visionamento do filme Lucio

Documentário sobre a vida do lutador antifranquista, anarquista, contrabandista, falsificador, assaltante e pedreiro Lucio Urtubia.


Lucio
de Aitor Arregi e Jose Mari Goenaga,
Espanha, 2007
Duração: 93 min
Língua: castelhano

Lucio nasceu em Cascante, em Navarra no Estado espanhol, em 1931 e desde 1954 vive em Paris, activo, mantendo um centro chamado Louise Michel, onde se levam a cabo actividades culturais e solidárias.

Perito em falsificar documentos e imprimir propaganda anarquista, Lucio Urtubia foi alvo de mandatos de captura emitidos por tribunais internacionais, e inclusive pela CIA, em cinco ocasiões. A imprensa rotulava-o como o "bom bandido" ou o "Zorro Basco". Um dos episódios recriados no filme, que também inclui entrevistas e imagens da época, conta o maior golpe de Lucio, que teve lugar na década de 70. Ele conseguiu burlar o principal banco dos Estados Unidos, o First National Bank (hoje Citibank), falsificando cheques de viagem no valor de cerca de 20 milhões de Euros, causando assim uma das piores crises do banco e conseguindo financiar movimentos revolucionários por todo o mundo.

No filme ainda se recorda a colaboração de Lucio com Quico Sabaté, um dos máximos expoentes da guerrilha urbana contra Franco na Catalunha; com Eldridge Cleaver, dos Panteras Negras, e com vários grupos revolucionários da época. Também se traz à memória os encontros que manteve com André Breton, Albert Camus e Ernesto Che Guevara.

Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto.
Cacilhas - Almada
http://culturalibertaria.blogspot.com

MUDANÇAS - notícias e correspondência da guerra social...

A página http://www.raividitanoticias.blogspot.com/ - notícias da guerra social - deixou de fazer sentido nos moldes que inicialmente a havíamos pensado.

MUDANÇAS - notícias e correspondência da guerra social...


A página http://www.raividitanoticias.blogspot.com/ - notícias da guerra social - deixou de fazer sentido nos moldes que inicialmente a havíamos pensado.

Pensámos que poderia ser utilizada como uma ferramenta no nosso ataque diário a este mundo, não apenas pela inspiração que nos poderia trazer, mas como uma fonte de informação (não neutra) e de exemplos sobre o que acontece por todo o lado; sobre os ataques que, pequenos ou grandes, tentam destruir este mundo.

A pretensão de manter o site regularmente actualizado é posta de lado pelas mais variadas razões. No decorrer das nossas vidas não temos o tempo e a capacidade para, neste momento e desde há muitos meses, irmos compilando e/ou traduzindo tudo o que vai aparacendo e que nos interessa.

No entanto, ela continua a ser uma ferramenta. Há algo que pretendemos, com esta página. Algo que vamos experimentar e ver onde vai. Parece-nos importante continuar a publicar algumas notícias. Da mesma forma, publicaremos textos ou cartas de companheiros que nos inspirem e/ou que sintamos que são contribuições para uma luta revolucionária contra este mundo de dominação e exploração.
A ver o que acontece.

- Correspondência desde a Grécia: Nada terminou, tudo continua // Carta de A. Kiriakopoulos, desde a prisão de Koridallos // Apelo à solidariedade: Um fogo para limpar a Terra -

raividições

domingo, 7 de junho de 2009

Concertos na Kylakancra


19 de Junho, 6ª-feira
a partir das 15h
O último concerto antes do Verão
Com torneios de matrecos, paintball e ping-pong pela tarde fora

na Kyläkancra
Subúrbios de Setúbal

Próxima 3ªfeira no Centro Cultura Libertária

Conversa sobre Grupos de afinidade, lutas intermédias e insurreição.
às 20:00 no CCL, Rua Cândido do Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O CMA-J vai realizar uma Festa de Solidariedade com Mumia Abu-Jamal no próximo sábado, 6 de Junho, 19h no Grupo Desportivo da Mouraria - Lisboa


A vida de Mumia está em perigo! Temos de o salvar!

Ao recusar o pedido de recurso de Mumia, o Supremo Tribunal Federal dos EUA pôs em perigo a vida de Mumia. Graças a uma lei do tempo de Bill Clinton, ele só tinha direito a um recurso e esse foi agora utilizado. A manter~se a pena actual, Mumia passará o resto da vida na prisão. Mas o Supremo também pode ainda decidir favoravelmente ao Estado da Pensilvânia que também recorreu para reimpor a pena de morte, o que levaria à sua execução imediata.

O CMA-J vai realizar uma Festa de Solidariedade com Mumia Abu-Jamal no próximo sábado, 6 de Junho, a partir das 19h no Grupo Desportivo da Mouraria (Travessa da Nazaré, 21, 2º, Lisboa).

A tua presença é muito importante. Vem solidarizar-te com Mumia!

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Jantar às 19h: Cachupa e comida vegetariana.
Reservas: cmaj@mail.pt

Múaica e DJs:
Chullage
Hezbollah
LBC
Mentis Afro
Pedro e Diana
Primero G
Ritmos da Resistência
DJ Cucurucho

http://cma-j.blogspot.com/


DESCRIÇÃO DE MAIS UMA SESSÃO DO JULGAMENTO CONTRA OS “25 DE CAXIAS”

Dia 20 de Maio assistimos a mais uma sessão do julgamento farsa dos “25 de Caxias”, na qual foram ouvidas “importantes” testemunhas da acusação.

Foram praticamente unânimes ao não reconhecerem os arguidos, não os identificando como os autores das barricadas e do fogo, referindo somente dois deles como representantes dos reclusos, na altura.

Mais uma vez foi banalizado o verdadeiro motivo desta revolta; e foram minimizados todos os protestos e reivindicações já feitas até à altura, considerados “normais”.


O papel da juíza destacou-se mais uma vez pela sua indiferença em relação aos problemas reais existentes na prisão (falta de assitência sanitária, negligência médica, falta de higiene, prepotências...) tantas vezes referidas nas declarações já ouvidas.
Foi também interessante ouvir o número de feridos: “2 guardas e 2 ou 3 reclusos”. Mas andamos a brincar? Foram brutalmente espancados cerca de 180 homens durante 4 dias, alguns dos quais, repetidamente! Só nessa noite (de 23 de Março de 1996) quantos mais não foram para o hospital, e quantos mais ficaram nas “suas” celas sem direito a qualquer tratamento?

Disso já não se lembram, admitindo apenas a mistura forçada entre reclusos com doenças infecto-contagiosas e a restante população prisional, bem como a sobrelotação das prisões na altura, especialmente na prisão de Caxias, onde viviam 3 a 4 reclusos em celas para uma pessoa, violando, assim, sistemática e descaradamente as suas próprias regras.

O teatro continua no próximo dia 17 de Junho, com mais mentiras e faltas de memória. Não sabemos se poderá haver assistência, visto que nesta última sessão, a assistência foi expulsa da sala devido a “atritos” com os guardas prisionais presentes.



JAMAIS NOS PODERÃO CALAR.


ATACAMOS AS SUAS LEIS.


DESTRUIREMOS AS PRISÕES

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tribunais, revolta e Caxias

Esta descrição podia ser mais breve do que aquilo que vai ser, mas sentimo-nos demasiado inspirados pelos acontecimentos para os resumir, e queremos que também outros se sintam inspirados.
Dia 20 de Maio, entre outros acontecimentos que nos ocupavam a alma e também o tempo, decorreu mais uma sessão do julgamento contra 25 ex-reclusos na prisão de Caxias, acusados de danos, fogo posto e motim.
Cerca de 15 anarquistas concentraram-se perto do tribunal de Oeiras onde, desde a manhã, distribuímos folhetos contra as prisões, a Lei e a Justiça, e jornais (“Presos em Luta”) a quem passava.
Em frente à porta do tribunal estavam pintadas as frases “SOLIDARIEDADE COM OS 25 DE CAXIAS!”, “DESTRUAMOS OS MUROS DA PRISÃO, PARA LÁ DA AMNISTIA E DO PERDÃO.” e “LIBERDADE PARA TODOS. FOGO ÀS PRISÕES. (A)”. Nos arredores, outras pintadas haviam sido feitas num bairro de ricos: “FOGO AOS TRIBUNAIS E ÀS PRISÕES. (A)” e “1000 PRISÕES, 1000 FUGAS”.
Em toda a rua do tribunal estavam colados cartazes (como já tinha acontecido em sessões anteriores) com o seguinte texto:

“Prisões, revolta e Caxias.
13 anos depois de uma luta alargada dos presos pela melhoria das condições a que estavam sujeitos nas prisões, o estado decide levar a julgamento 25 dos então reclusos na prisão de Caxias, acusando-os de motim, danos e fogo posto.
Não nos interessa se o fizeram ou não.
Interessa-nos sim o amor pela liberdade, aquele que persiste em não morrer, em não se deixar sufocar pelos tribunais, nem pelas grades, nem pelos guardas.
São momentos alegres, aqueles em que esse amor se expressa.
Momentos em que comunicamos entre corações livres.
Momentos que nenhuma autoridade nos pode tirar.
Solidariedade com aqueles/as que lutaram
Solidariedade com aqueles/as que lutam.
Anarquistas pelo corte da mão que nos prende, e pela expropriação da chave.”

À saída dos arguidos para o almoço, abrimos uma faixa (“CONTRA O ROUBO DAS NOSSAS VIDAS, NEM TRIBUNAIS NEM PRISÕES”) em frente à porta do tribunal e gritámos “A PAIXÃO PELA LIBERDADE É MAIS FORTE QUE AS PRISÕES”, e “A LIBERDADE ESTÁ NOS NOSSOS CORAÇÕES. ABAIXO OS MUROS DE TODAS AS PRISÕES!”. Foi um belo momento, ao vermos que os polícias presentes não sabiam o que fazer, ao mesmo tempo que os gritos de alguns arguidos se juntaram, sem medo, aos nossos.
Ainda deu tempo para insultar a procuradora do Ministério Público, que saiu apressada.
À tarde, ouvimos, do interior da sala do tribunal, os gritos vindos do exterior contra o julgamento, as prisões, os juízes, e em solidariedade com os acusados. A dado momento, a juíza desabafou aos intervenientes no julgamento que não tinha poder para conseguir fazer calar os gritos que se ouviam e que estavam a perturbar a sessão.
Depois, alguns dos acusados, fartos de estarem a ser vigiados e intimidados pelas bestas quadradas que dão pelo nome de “guardas prisionais”, levantaram-se e começaram a gritar que não tinham que aturar aquilo e a exigir que se afastassem. A esses gritos juntaram-se os da assistência.
Mais tarde, um dos guardas aproximou-se da assistência e disse que queria uma cópia daquilo que uma companheira estava a desenhar. Imediatamente nos levantámos e começámos a gritar contra ele e que os guardas estavam a tentar intimidar-nos assim como aos arguidos e, também imediatamente, muitos dos arguidos se levantaram e começaram a gritar contra os guardas e não só. Entre os diversos insultos gritados em todas as direcções às diversas autoridades presentes naquela infame sala, a juíza mandou os bófias evacuar a assistência da sala. Já no exterior do tribunal, 2 companheiros foram identificados.
Meia hora mais tarde, a sessão terminou, com alguns dos arguidos a dizerem-nos que conseguiam ouvir os nossos gritos noutras partes do tribunal e no exterior, e que a sessão tinha sido encerrada porque os advogados de defesa estavam todos na conversa e a juíza já não conseguia pôr ordem na sala.
A nossa força e a nossa alegria explodem e fortalecem-se com cada ataque à autoridade.
O inimigo não está apenas naquele tribunal, a solidariedade não necessita de ser lá.

Solidariedade com os que lutaram. Solidariedade com os que lutam.
Fogo aos tribunais, às prisões e a ao mundo que os cria.
Uns quantos corações livres.