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terça-feira, 31 de maio de 2011

Concentração/Microfone Aberto contra a Violência Policial - 3 deJunho - 18h - Largo de S. Domingos - Lisboa


A exploração e a violência no trabalho, nas ruas e nas nossas vidas não nos deixam outra possibilidade que não a revolta. A polícia, enquanto linha de defesa de um sistema de miséria, não pára de disparar armas contra pessoas, fazer rusgas, repatriações e identificações aleatórias de forma cada vez mais leve e arbitrária. Embora tenha sido sempre esta a forma da acção policial ao longo da história, não podemos ignorar que atravessamos um momento em que a democracia mostra a sua cara de fascismo e que são cada vez mais as mobilizações e acções que são feitas fora do controlo partidário, sindical ou estatal. Nas manifestações, nas ocupações, nas vigílias, nas greves, nas ruas e nos bairros foi banalizada a violência para que não possamos respirar e para que o medo seja transformado em inactividade, em isolamento.

É importante quebrar o silêncio e apontar o dedo não só a quem nos quer agredir com balas e bastões mas também a quem lhes dá as ordens: os patrões, o Estado e o Capital.

No dia 3 de Junho vários colectivos e indivíduos convocam um microfone aberto contra a violência policial. Traz textos, canções, desabafos e pensamentos para gritar, falar ou cantar bem alto.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conversa/Homenagem a Juvenal Fernandes - 4 de Junho - BOESG

Dia 4 de Junho, Sábado, às 17h
 
Vamos falar sobre Juvenal Fernandes
Uma conversa em tons de homenagem


O Juvenal foi um indivíduo rebelde e um grande lutador contra o despotismo dentro e fora das prisões, nos anos 70 e 80. Conhecido pelas suas posições e relembrado por distribuir literatura subversiva a todos os presos que a quisessem, esta pessoa acabou por morrer em consequência de uma greve de fome.

O objectivo desta conversa é dar a conhecer um pouco da história daqueles rebeldes que não tiveram voz, tentando também fazer um enquadramento do contexto social português naqueles anos.

Não queremos que o passado anarquista seja esquecido, sem que pelo menos tentemos construir partes de uma outra História - a História de um movimento de resistência.

Na BOESG (Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada)
Rua das Janelas Verdes, nº 13- 1º esq. -Santos, Lisboa
 
(conversa seguida de Jantar e Ciclo de Cinema:   http://boesg.blogspot.com )

domingo, 29 de maio de 2011

Ciclo de Cinema José Maria Nunes - 3 a 5 Junho - Lisboa

3 Junho (sexta)
- Documentário "Nunes, Anarquia Visual" (2010) de Medi Terraza
Com presença do realizador 
- Sexperiencias (1969)
de  José Maria Nunes

na Da Barbuda - Largo da Severa, nº 8 (Martim Moniz, Lisboa)

4 Junho (sábado)
- Noche de vino tinto (1966) de José Maria Nunes
Com jantar às 19h30

na BOESG - Biblioteca dos Estragos - Rua das Janelas Verdes 13 - 1º esq. (Santos, Lisboa)

5 Junho (domingo)
- Documentário “La Edad del Sol” (2010) de Sílvia Subirós
- Res publica (2009) de José Maria Nunes

na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul - Av. D.Carlos I, 61 -1º (Santos, Lisboa)

Ciclo organizado por: BOESG

terça-feira, 24 de maio de 2011

Vídeos na Rua: «Quando os robotcops perseguem os maus da fita»


Sábado, 28 de Maio

20h: Jantarada

21h30: Projecção, na rua, de pequenos vídeos sobre a repressão policial em Portugal



No Terra de Ninguém
espaço anarquista
Rua do Salvador, nº58 Alfama Lisboa

Crónica da Feira do Livro Anarquista de Lisboa

De 20 a 22 de Maio aconteceu nas dependências da Barbuda a 4ª edição da Feira do Livro Anarquista de Lisboa. Para além da divulgação das idéias anarquistas a partir dos livros e das publicações ali presentes, cumpriu o objetivo de levar a debate idéias e análises sobre questões “que assaltam a vida em tempos de guerra social” tal como é referido no manifesto de apresentação da Feira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

[Espanha] QUE SE VÃO EMBORA TODOS!

Somos muitos os que nestes dias confluímos nas ruas para protestar. Todos nos identificamos com a rejeição aos partidos políticos, com a rejeição aos sindicatos, aos empresários… Sobretudo demo-nos conta de que chegámos ao limite. Que estamos fartos de ser os párias deste mundo. Que não suportamos mais que uns poucos encham os bolsos e vivam como reis, enquanto aos outros apertem os cintos para além de todo o limite com o fim de manter a saúde da sacrossanta economia. Que sabemos que para mudar isto temos que lutar nós mesmos, à margem de partidos, sindicatos e demais representantes que querem fazê-lo por nós.

Acima de tudo, esta realidade está a exprimir uma questão fundamental que afeta o mundo inteiro: a contraposição de necessidades e interesses entre a economia e a humanidade. Isto foi entendido perfeitamente pelos nossos irmãos rebeldes no Norte da África, isto entendemo-lo hoje aqui agora que a situação já é insustentável para todos nós e saímos à rua para lutar. Aguentámos o insuportável, sofremos uma degradação das condições de vida como não acontecia há décadas. Mas finalmente dissemos basta, e aqui estamos, exprimindo a nossa rejeição a todo este sistema infernal que transforma a nossa vida em mercadoria.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Projecto Es.Co.La - Porto...e a ordem de despejo chegou sem diálogo


A Câmara Municipal do Porto encerrou a ES.COL.A. Exactamente um mês após a ocupação deste espaço público desprezado. O edifício já foi emparedado.

Os agentes policiais apareceram pelas 07h30 e, sem qualquer disponibilidade para o diálogo, ordenaram saída imediata aos ocupantes da ES.COL.A. Encontravam-se lá dentro oito pessoas, que resistiram à ordem de despejo de forma pacífica, numa atitude de desobediência civil não violenta. Algumas conseguiram subir para o telhado, para atrasar a concretização do despejo e para permitir a mediatização da operação, que acabou por demorar cerca de duas horas.

Jornal de Parede - 1º de Maio em Setúbal 2011, Colectivo Paredes Vazias, Povo Mudo

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vídeo da Manifestação do 1º de Maio em Setúbal.


Aqui está o vídeo que durante a última semana foi recolhido e editado. Utilizaram-se as caixas de texto para cobrir as caras, visto que estas durante a manifestação estavam descobertas e porque sabemos como funciona o aparelho repressivo.
Não disparámos armas de fogo, não fomos em formação “bloco-negro”, não causamos distúrbios, não partimos vidros, não destruímos carros… nem nenhum dos outros delírios. Houve sim fogos de artifício e frases pintadas pelo caminho.
No final do vídeo é óbvio, pela posição da câmara, que a polícia adoptou uma postura ofensiva para acabar violentamente com uma manifestação que já tinha acabado. É criada uma ratoeira para a qual somos atraídos e a partir daqui a polícia agrediu todos os que encontrou pela frente.
Ao serem posicionados agentes da polícia numa parte do Largo e depois de ser feita a comunicação, no momento em que chega a carrinha da BIR pode então começar o ataque planeado contra os que permaneciam por ali. Durante a parte em que a câmara corre na direcção da carrinha da BIR já decorria a agressão por parte da polícia (que se pode ver entre dois carros a espancar manifestantes que estão no chão) e ouvem-se os primeiros disparos para afastar os manifestantes que só nesta altura se insurgem contra a atitude policial, não a sua presença!
Faltam-nos imagens desse ângulo e convidamos aqueles que eventualmente as terão a contribuir para o arquivo que se criou para cobrir as consequências desta manifestação.
O que se segue é muito incompleto, as repetidas cargas, os disparos, os abusos, as humilhações, os espancamentos e as caçadas da polícia que levaram muitos dos manifestantes a corridas contínuas até ao outro lado da cidade não estão filmadas.
Mais informações e contacto em:
www.terralivre.net
terralivre.setubal@gmail.com

links:   http://terralivre.eu/blog/?p=98
           http://www.youtube.com/watch?v=ngMyjZVOG4U

domingo, 8 de maio de 2011

Repressão policial contra o Primeiro de Maio Anti-autoritário e Anticapitalista em Setúbal

 comunicado da AIT- Secção Portuguesa

O “Primeiro de Maio anti-autoritário e anticapitalista”, em Setúbal, foi convocado com um apelo à recuperação da tradição combativa e anti-autoritária do “dia do trabalhador”. Desta forma, procurou ser “uma mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nenhuma central sindical ou qualquer força de repressão e controlo do Estado”. Em larga medida, este objectivo foi conseguido. Numa altura em que os poderosos disputam ferozmente as migalhas que querem roubar aos que já pouco têm, uma manifestação que apontou outro caminho de luta e resistência teve de ser reprimida pela polícia.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Feira do Livro Anarquista em Lisboa 2011


TERRA LIVRE 1º de Maio Antiautoritário e Anticapitalista: Comunicado (para demonstrar o ridículo das mentiras da) Imprensa

Somos um colectivo Anarquista da cidade de Setúbal que convocou e organizou a manifestação do 1º de Maio Anti-capitalista e Anti-autoritário. O nosso nome é “Terra Livre” e não “Rebeldes e Organizados”. O nome “Terra Livre” poderá ser visto nos cerca de 5000 panfletos e 1000 cartazes distribuídos e colados por todo o distrito de Setúbal a convocar o protesto. “Rebeldes e Organizados” era um dos escritos da faixa que levávamos à frente e que foi errónea ou propositadamente interpretado por gente de vistas curtas como o nome do grupo inteiro da manifestação. A frase completa era aliás “ Rebeldes e organizados, nós damos-lhes a crise ”

A manifestação não era legal nem ilegal: era uma manifestação pública convocada há cerca de um mês e que todos tinham conhecimento incluindo a Polícia, o Governo-Civil e Câmara Municipal. A prova disso foi a vigilância ostensiva das forças repressivas sob a manifestação. Se é uma questão de preguiça que fez com que os membros do governo civil não quisessem ter conhecimento da iniciativa não é problema nosso mas deles. São eles que, sendo pagos com o dinheiro roubado ao nosso trabalho sob forma de impostos, trabalham para nós. Não é suposto ser o contrário, mas se for, aproveitamos para dizer: Senhor Governador, está despedido!

terça-feira, 3 de maio de 2011

No passado dia 1 de Maio em Setúbal...

No passado dia 1 de Maio, dia do trabalhador, deu-se uma manifestação anti-capitalista e anti-autoritária exigindo a recuperação das nossas vidas, roubadas há muito tempo pelos vários aparelhos repressivos e exploradores da sociedade.
No final da manifestação, verificou-se um ataque cobarde e repentino por parte de meros mercenários do estado (também conhecidos como bófias) contra os manifestantes que apenas estavam nas ruas que a todos pertencem. Foram disparados tiros reais para o ar, tiros de balas de borracha, sem qualquer tipo de precaução por quem circulava na praça, e à queima-roupa, e ainda utilizado gás pimenta. Como se isto não chegasse, a bófia ainda fez uma caça ao manifestante, passando o resto da tarde em busca de indivíduos para puderem exercer mais um pouco da sua força e repressão.   
    Isto é uma prova irrefutável que o aumento de repressão é proporcional ao aumento de exploração, e da vida de miséria que nos obrigam a viver. Querem-nos manter calados, alienados e afastados uns dos outros, obedecendo às suas leis, e com um comportamento de fantoche, para que possam continuar a ter posse sobre as nossas vidas, e decisões.
    Felizmente, não foi isso que se verificou no dia 1 de Maio. As pessoas presentes naquela praça não se submeteram às ordens da autoridade vigente, e tomaram uma posição perante a sua domesticação e subordinação forçada. Ripostaram com o que tinham à mão, fosse bandeiras, ou pedras, e levantaram barricadas como maneira de autodefesa àquele ataque.
    Na luta contra qualquer tipo de controlo e repressão sobre a nossa vida, é necessário resistir, e contra-atacar. Apesar de nos quererem assustar, massacrar e calar, não é com este tipo de ataques que o vão conseguir, porque o medo é cada vez menor.
Resistindo, a busca pela liberdade e autonomia aumenta, e este tipo de ataques devem ser sempre ripostados, pois a vida é nossa, e é crucial tomá-la de volta.
Unidos e Organizados:

Em busca pela liberdade, e contra a corrente.

1º Maio PSP justifica disparos em Setúbal com hostilidade de um grupo de manifestantes

A PSP justificou hoje os disparos efectuados no domingo durante uma manifestação do 1.º de Maio, em Setúbal, com a necessidade de repor a ordem pública face à hostilidade de um grupo de manifestantes à chegada das forças de segurança.Falso. Quando desembarcaram da carrinha, fizeram-no cheios de pressa e vinham com as viseiras para baixo, em posição de combate. Trata-se de um procedimento normal de identificar pessoas que estavam sossegadas?

A "ordem pública" foi quebrada na sequência da chegada da polícia e dos seus propósitos agressivos; a sequência inversa não existiu.
Os incidentes ocorreram quando elementos da corporação foram chamados à zona da Fonte Nova, onde se concentrou um grupo de cerca de 70 pessoas do denominado "Movimento Terra Livre", que antes se tentou juntar ao desfile do 1.º de Maio, promovido pela CGTP, entre a Praça de Quebedo e a avenida Luísa Todi, em Setúbal.

Insistem na aldrabice. Em comunicado anterior já haviam referido terem sido chamados pelos moradores por causa do barulho provocado pelos manifestantes.

Testemunho 1º de Maio


Testemunho http://pt.indymedia.org/conteudo/newswire/4407

"Estive ontem em Setúbal e pude testemunhar pessoalmente (e até de bastante próximo) os acontecimentos no bairro da Fonte Nova. Para não variar, a PSP está a fabricar novamente uma versão à sua conveniência, somando vários pontos ao seu conto, de maneira a transformar a sua violência repressiva num gesto de defesa dos cidadãos.

A primeira coisa que deve ser destacada é que a manifestação - cerca de centena e meia de pessoas - percorreu toda a cidade sem qualquer incidente, sendo apoiada e saudada por vários setubalenses pelos quais passou e que receberam com interesse os panfletos distribuídos. Apesar de não ser acompanhada por qualquer agente da polícia, todos os automobilistas foram pacientes e respeitadores do direito de manifestação, aguardando enquanto o cortejo passava e demonstrando por vezes o seu apoio às palavras de ordem e às faixas. O mesmo aconteceu com os vários proprietários de restaurantes e cafés localizados no bairro da Fonte Nova, inclusive os que estavam no largo onde tudo viria a acontecer.