A exploração e a violência no trabalho, nas ruas e nas nossas vidas não nos deixam outra possibilidade que não a revolta. A polícia, enquanto linha de defesa de um sistema de miséria, não pára de disparar armas contra pessoas, fazer rusgas, repatriações e identificações aleatórias de forma cada vez mais leve e arbitrária. Embora tenha sido sempre esta a forma da acção policial ao longo da história, não podemos ignorar que atravessamos um momento em que a democracia mostra a sua cara de fascismo e que são cada vez mais as mobilizações e acções que são feitas fora do controlo partidário, sindical ou estatal. Nas manifestações, nas ocupações, nas vigílias, nas greves, nas ruas e nos bairros foi banalizada a violência para que não possamos respirar e para que o medo seja transformado em inactividade, em isolamento.
É importante quebrar o silêncio e apontar o dedo não só a quem nos quer agredir com balas e bastões mas também a quem lhes dá as ordens: os patrões, o Estado e o Capital.
É importante quebrar o silêncio e apontar o dedo não só a quem nos quer agredir com balas e bastões mas também a quem lhes dá as ordens: os patrões, o Estado e o Capital.
No dia 3 de Junho vários colectivos e indivíduos convocam um microfone aberto contra a violência policial. Traz textos, canções, desabafos e pensamentos para gritar, falar ou cantar bem alto.