Falsamente sofisticada e moderna, a sociedade dos poderosos, abusiva e egoísta, empurra cada vez mais a sociedade civil para longe dos centros de decisão, porque estes são exclusivos de banqueiros, grandes empresários e políticos, e das suas clientelas.
Eles montaram o sistema, criaram a crise, e é sempre à nossa custa que a querem resolver!
Como tudo aquilo em que tocam existe apenas para realçar o seu poder e lhes permitir mais lucros, sempre à nossa custa, eles transformaram tudo em mercadoria, com um preço que escapa à precariedade das nossas vidas.
Da nossa parte não podemos esperar nada dessa máquina de governar que não tem senão como objectivo acabar com a generosidade da vida. Não podemos permitir que se agravem cada vez mais as nossas condições gerais de existência, no interesse de alguns.
Auto-organizada e solidária, a sociedade pode exigir tudo: o direito pleno de uso e acesso aos transportes, à alimentação, à educação, à saúde, à habitação, à alegria de viver…
Que cada pessoa escolha os meios de usufruir a vida, agora confiscada pela finança e o poder. Seja qual for o modelo a seguir, será sempre necessário forçar o poder, através da auto-organização popular e libertária, a abrir a mão de ferro que guarda os privilégios, essa é a premissa-base da luta nos dias de hoje, sem a necessidade e preocupação de propor um modelo já construído de antemão.