Nos dias 23, 24 e 25 de Maio de 2008, por iniciativa de diversos colectivos e indivíduos libertários, vai realizar-se em Lisboa a Feira do Livro Anarquista, a decorrer num local a confirmar em Lisboa.
Pretendemos com a organização deste evento criar um espaço para a exposição e debate das ideias e lutas libertárias, assim como para o convívio e fortalecimento de laços entre pessoas que partilham uma visão anti-autoritária do mundo.
A Feira proporcionará, para além das bancas de livros e outras publicações, um programa de actividades diversas, que poderão ser debates, workshops, sessões de cinema, performances e o que mais a imaginação e a vontade d@s participantes propuserem.
Apelamos à participação neste evento de tod@s @s interessad@s, através da sua presença com bancas de informação, livros e outras publicações ou com propostas de actividades que queiram promover durante a Feira.
@s interessad@s em participar devem confirmar a presença da sua banca ou propor actividades até dia 20 de Abril de 2008. Podem fazê-lo para os seguintes contactos:
E-mail: feiradolivroanarquista@gmail.com
Endereço postal: Apartado 40 / 2801-801 Almada / Portugal
Para mais informação consultar o blogue da Feira do Livro Anarquista:
http://feiradolivroanarquista.blogspot.com/
segunda-feira, 31 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
Acção e Ocupação na Casa Viva
CONVITE
O espaço contra a autoridade
11-13 Abril 2008 – CasaViva (Porto) – Dias de Acção e Ocupação
A ideia de espaço público constitui – já desde a antiguidade clássica – a base da democracia enquanto prática quotidiana. Se, na antiga Grécia, esta nunca foi alargada à grande parte da população (mulheres, estrangeiros e escravos nomeadamente), actualmente a sua inexistência é inerente à própria condição cidadã.
A democracia, de dinâmica passou a regime, e o espaço público – onde as grandes questões eram alvo de decisão por parte das pesssoas – foi destruído e “dividido” em fábricas e outros locais de trabalho, centros comerciais, clínicas psiquiátricas ou centros de dia. A vida passou a ser uma realidade espácio-temporal baseada na incessante satisfação de necessidades e não na reflexão, no debate, no livre pensamento, na possibilidade e responsabilidade de decidir sobre o que nos diz respeito.
A cidade é o palco por excelência deste processo de privatização social da vida – não de individualização–, em que a relação com o outro depende essencialmente de uma lógica instrumental. O contacto com o próximo é cada vez mais determinado pelo que queremos pedir, pelo que precisamos, pelo que temos que dar, pelo que está escrito no contrato de trabalho, pelo que é definido pelas regras de boa educação, pelo o que poderei vir a escrever no livro de reclamações. Não pela dupla vontade de exprimirmos a nossa individualidade e de recebermos a individualidade dos outros, um privilégio que, sendo sujeito a um processo de institucionalização temporal – depois das 6 da tarde, antes das 8 da manhã – deixou obviamente de o ser. E quando a normalidade se torna a definição oficial da mais profunda instabilidade – do emprego que não há, mas que se tem de ter, das contas que não param de aumentar, mas que se têm de pagar, de uma vida da qual não se gosta, mas tem que ser vivida – passa a ser não oficial o conflito, nas suas múltiplas formas.
A criação de linhas de fuga e de resistência passou e passa pela organização de novas esferas semi-públicas de discussão e convivência, que funcionem fora da lógica do estado e capital. Segundo Hakim Bey, surge a possibilidade de grupos de amigos isolados assumirem uma forma mais complexa: “núcleos de aliados mutuamente escolhidos, trabalhando (brincando) para ocupar cada vez mais tempo e espaço fora de todos os controlos e estruturas mediadas. Depois quererá transformar-se numa rede horizontal de semelhantes grupos autónomos – depois, numa “tendência” – depois, num “movimento” – e depois numa rede cinética de“zonas autónomas temporárias” [T.A.Z]”.
É com base na ideia de que “não há um metro quadrado da Terra sem polícias ou impostos…em teoria”, e de que é possível criar enclaves livres, “mini-sociedades que vivam resoluta e conscientemente fora do amplexo da lei”, que ocorrem, ao longo da década de noventa, ocupações de casas e tentativas de organização de centros sociais em Portugal. Apesar de ser um pouco redutor englobar todas estas experiências numa só tendência, podemos afirmar – em abstracto – que foram lugares propícios à espontaneidade e aos acasos da vida quotidiana, tendo possibilitado encontros com pessoas de fora, partilha de saberes, a oportunidadede fazer as coisas de uma outra maneira e, desde logo, equacionar modos de agir no mundo.
O aumento da repressão, aliado à crescente afirmação das cidades enquanto núcleos geradores de produtividade (e também a uma certa atitude de isolamento dogmático por parte de vários colectivos ocupas), determinou o fim de quase todos os centros sociais ocupados (a C.O.S.A vive!). Porém, este fenómeno é apenas um pequeno indício de um longo processo de transformação dos centros urbanos em centros de negócios. Casos como o do Mercado do Bolhão, no Porto, e do Grémio Lisbonense, em Lisboa tornam mais visível a tendência dominante para o desaparecimento de tudo o que destoa do modo de funcionamento empresarial. Mais do que nunca, e perante a multiplicidade de processos de objectivação do quotidiano – muitos dos quais com um pendor fortemente repressivo –, a criação de espaços libertados (e que queiram libertar) deverá constituir uma das principais estratégias orientadoras da luta anti-autoritária.
A 11, 12 e 13 de Abril, a CasaViva abre-se a todas as pessoas e colectivos que nela queiram viver por esses dias e partilhar perspectivas e acções relacionadas com a questão da ocupação, aproveitando os dias europeus de acção de apoio a squats e espaços autónomos lançados pela rede Squat.net.
http://april2008.squat
Os temas serão: centros sociais, okupas e espaços libertados, o mau uso da terra e a sua propriedade, a apropriação de espaços públicos pelo mundo dos negócios através da privatização, da especulação e da publicidade. E tudo o mais que te lembrares até lá. O desafio é o habitual. Traz ideias de acção (e tudo o que elas precisarem para serem levadas a efeito) e disponibilidade para participar nas acções pensadas por outras pessoas. Vem preparado para seres co-gestor(a) do espaço. Aparece na sexta, para se combinarem e coordenarem as acções de sábado, batalha com as outras pessoas nesse dia e fica para o Domingo, onde esperamos ter tempo para conversar calmamente.
Durante esse tempo, haverá, decerto, café, cerveja, pequeno-almoço e jantar e, muito provavelmente, concertos, filmes e festa.
CasaViva
Praça Marquês de Pombal, 167
Porto
O espaço contra a autoridade
11-13 Abril 2008 – CasaViva (Porto) – Dias de Acção e Ocupação
A ideia de espaço público constitui – já desde a antiguidade clássica – a base da democracia enquanto prática quotidiana. Se, na antiga Grécia, esta nunca foi alargada à grande parte da população (mulheres, estrangeiros e escravos nomeadamente), actualmente a sua inexistência é inerente à própria condição cidadã.
A democracia, de dinâmica passou a regime, e o espaço público – onde as grandes questões eram alvo de decisão por parte das pesssoas – foi destruído e “dividido” em fábricas e outros locais de trabalho, centros comerciais, clínicas psiquiátricas ou centros de dia. A vida passou a ser uma realidade espácio-temporal baseada na incessante satisfação de necessidades e não na reflexão, no debate, no livre pensamento, na possibilidade e responsabilidade de decidir sobre o que nos diz respeito.
A cidade é o palco por excelência deste processo de privatização social da vida – não de individualização–, em que a relação com o outro depende essencialmente de uma lógica instrumental. O contacto com o próximo é cada vez mais determinado pelo que queremos pedir, pelo que precisamos, pelo que temos que dar, pelo que está escrito no contrato de trabalho, pelo que é definido pelas regras de boa educação, pelo o que poderei vir a escrever no livro de reclamações. Não pela dupla vontade de exprimirmos a nossa individualidade e de recebermos a individualidade dos outros, um privilégio que, sendo sujeito a um processo de institucionalização temporal – depois das 6 da tarde, antes das 8 da manhã – deixou obviamente de o ser. E quando a normalidade se torna a definição oficial da mais profunda instabilidade – do emprego que não há, mas que se tem de ter, das contas que não param de aumentar, mas que se têm de pagar, de uma vida da qual não se gosta, mas tem que ser vivida – passa a ser não oficial o conflito, nas suas múltiplas formas.
A criação de linhas de fuga e de resistência passou e passa pela organização de novas esferas semi-públicas de discussão e convivência, que funcionem fora da lógica do estado e capital. Segundo Hakim Bey, surge a possibilidade de grupos de amigos isolados assumirem uma forma mais complexa: “núcleos de aliados mutuamente escolhidos, trabalhando (brincando) para ocupar cada vez mais tempo e espaço fora de todos os controlos e estruturas mediadas. Depois quererá transformar-se numa rede horizontal de semelhantes grupos autónomos – depois, numa “tendência” – depois, num “movimento” – e depois numa rede cinética de“zonas autónomas temporárias” [T.A.Z]”.
É com base na ideia de que “não há um metro quadrado da Terra sem polícias ou impostos…em teoria”, e de que é possível criar enclaves livres, “mini-sociedades que vivam resoluta e conscientemente fora do amplexo da lei”, que ocorrem, ao longo da década de noventa, ocupações de casas e tentativas de organização de centros sociais em Portugal. Apesar de ser um pouco redutor englobar todas estas experiências numa só tendência, podemos afirmar – em abstracto – que foram lugares propícios à espontaneidade e aos acasos da vida quotidiana, tendo possibilitado encontros com pessoas de fora, partilha de saberes, a oportunidadede fazer as coisas de uma outra maneira e, desde logo, equacionar modos de agir no mundo.
O aumento da repressão, aliado à crescente afirmação das cidades enquanto núcleos geradores de produtividade (e também a uma certa atitude de isolamento dogmático por parte de vários colectivos ocupas), determinou o fim de quase todos os centros sociais ocupados (a C.O.S.A vive!). Porém, este fenómeno é apenas um pequeno indício de um longo processo de transformação dos centros urbanos em centros de negócios. Casos como o do Mercado do Bolhão, no Porto, e do Grémio Lisbonense, em Lisboa tornam mais visível a tendência dominante para o desaparecimento de tudo o que destoa do modo de funcionamento empresarial. Mais do que nunca, e perante a multiplicidade de processos de objectivação do quotidiano – muitos dos quais com um pendor fortemente repressivo –, a criação de espaços libertados (e que queiram libertar) deverá constituir uma das principais estratégias orientadoras da luta anti-autoritária.
A 11, 12 e 13 de Abril, a CasaViva abre-se a todas as pessoas e colectivos que nela queiram viver por esses dias e partilhar perspectivas e acções relacionadas com a questão da ocupação, aproveitando os dias europeus de acção de apoio a squats e espaços autónomos lançados pela rede Squat.net.
http://april2008.squat
Os temas serão: centros sociais, okupas e espaços libertados, o mau uso da terra e a sua propriedade, a apropriação de espaços públicos pelo mundo dos negócios através da privatização, da especulação e da publicidade. E tudo o mais que te lembrares até lá. O desafio é o habitual. Traz ideias de acção (e tudo o que elas precisarem para serem levadas a efeito) e disponibilidade para participar nas acções pensadas por outras pessoas. Vem preparado para seres co-gestor(a) do espaço. Aparece na sexta, para se combinarem e coordenarem as acções de sábado, batalha com as outras pessoas nesse dia e fica para o Domingo, onde esperamos ter tempo para conversar calmamente.
Durante esse tempo, haverá, decerto, café, cerveja, pequeno-almoço e jantar e, muito provavelmente, concertos, filmes e festa.
CasaViva
Praça Marquês de Pombal, 167
Porto
sexta-feira, 28 de março de 2008
Festival Antifascista em Aljustrel - 12 de Abril
Sabado, dia 12 de Abril, no Club Aljustrelense, a partir das 17.00…
apresentação e conversa com o colectivo Acção Antifascista.
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E noite adentro concerto com ETACARINAE, M.A.D, DISASTRO SAPIENS, RELTHI...
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Mais info em goncalvescorreia.blogspot.com
Vortex! Pica Miolos e os 21 dias do Bolhão
6ª e sábado, 28 e 29 março
Vortex!
concertos : pintura
performance : instalação
vídeo : sessão sonora
irrealismo : eX-forma
sábado, 29 março 24h00
Vortex!
concertos : pintura
performance : instalação
vídeo : sessão sonora
irrealismo : eX-forma
sábado, 29 março 24h00
O Pica Miolos aparece, no primeiro andar, por volta da meia-noite, e vem falar sobre livros livres e também naquela do sei que irás à FNAC no próximo fim-de-semana.
.
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Será, entretanto, confrontado com as imagens solidárias dos 21 dias do Bolhão e, depois, metido ao barulho do ensaio público do cancioneiro libertário.
CasaViva
praça marquês de pombal 167
porto
.
.
entrada livre (bate o batente)
segunda-feira, 24 de março de 2008
Movimentos Sociais, Subúrbios e Sindicalismo em França
CONVERSA COM GEORGES
(em português)
militante anarco-sindicalista
CNT Paris
MOVIMENTOS SOCIAIS, SUBÚRBIOS E SINDICALISMO EM FRANÇA
28 Março - 6ª feira - 21 H
CREW HASSAN
Rua das Portas de Santo Antão, 159
Lisboa
http://tertulialiberdade.blogspot.com/
sábado, 22 de março de 2008
O Bolhão na CasaViva, sábado, 22 de Março
sábado, 22 março 20h00
O Bolhão na CasaViva
Para se pagar as despesas judiciais relacionadas com a tentativa de parar a privatização e a destruição do interior do Bolhão, é preciso guito. Como ele não cresce do chão nem cai das árvores, pelo menos para nós, decidiu-se fazer um dia em que o dinheiro que se consiga servirá esse efeito. Assim, este sábado, aparece e deixa ficar algum.
Haverá uma réplica dos cantares que têm animado as manhãs de sábado no Bolhão, fotos e vídeos do mercado e da contestação, uma jantarada com produtos comprados por lá e dossier de notícias que, entretanto, foram saindo.
Para além disso, haverá concertos:
LoveYouDead
www.myspace.com/loveyoudeadband
loveyoudead.blogspot.com
Kaizen
www.myspace.com/kaizenpt
CasaViva
praça marquês de pombal 167
porto
entrada livre (bate o batente)
casa-viva.blogspot.com
O Bolhão na CasaViva
Para se pagar as despesas judiciais relacionadas com a tentativa de parar a privatização e a destruição do interior do Bolhão, é preciso guito. Como ele não cresce do chão nem cai das árvores, pelo menos para nós, decidiu-se fazer um dia em que o dinheiro que se consiga servirá esse efeito. Assim, este sábado, aparece e deixa ficar algum.
Haverá uma réplica dos cantares que têm animado as manhãs de sábado no Bolhão, fotos e vídeos do mercado e da contestação, uma jantarada com produtos comprados por lá e dossier de notícias que, entretanto, foram saindo.
Para além disso, haverá concertos:
LoveYouDead
www.myspace.com/loveyoudeadband
loveyoudead.blogspot.com
Kaizen
www.myspace.com/kaizenpt
CasaViva
praça marquês de pombal 167
porto
entrada livre (bate o batente)
casa-viva.blogspot.com
quarta-feira, 19 de março de 2008
Festa das 12 Primaveras - 21 de Março - Centro Social do GAIA (Lisboa)
Olá !
Se estás por Lisboa ou arredores por altura da Páscoa, talvez queiras aparecer na festa do 12º aniversário do GAIA, esta 6ª feira.
Porque nem todas as sextas feiras são santas, nem dia da Primavera, nem lua cheia. Porque também não é todos os dias que se fazem 12 anos, e o GAIA é um púbere adolescente com borbulhas na cara e tudo.
Já que os astros se alinharam a nosso favor, aí vem - A Festa das 12 Primaveras!
Tragam os Playmobil e todas as vossas primas (e primos), mesmo que não se chamem Vera e que não sejam santas (nem santos).
Vai haver:
- Teatro "Sementes Livres" na Horta às 15,
- Concertos a partir das 18, com Artigo 19, Mario Trovador, Atma, Blarmino e Complot.
- Um belo jantar pelo meio, e para uma digestão agitada, Selecta Alice.
- Teatro "Sementes Livres" na Horta às 15,
- Concertos a partir das 18, com Artigo 19, Mario Trovador, Atma, Blarmino e Complot.
- Um belo jantar pelo meio, e para uma digestão agitada, Selecta Alice.
As entradas revertem para a campanha das sementes livres contra os transgénicos.
Vem celebrar connosco 12 anos de activismo ecológico e social!
GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
Travessa da Nazaré, 21, 2º
1000-234 Lisboa
Violência Policial sobre trabalhadores em Santo André (Sines)
.Foi no passado dia 6 de Março e a greve durava já um mês .
.As duas dezenas de trabalhadores da estação de tratamento de águas residuais - propriedade da Águas de Santo André (do grupo público Águas de Portugal), concessionada à Sisáqua (do grupo Consulgal/IPG, liderado por José Goes Ferreira, accionista de referência do Millenium BCP) - continuavam a bater-se pelos mesmos objectivos que já os levaram a fazer, no ano passado, 12 dias de greve: melhores salários, melhores condições de segurança e mais protecção para os trabalhadores de turno.
.O piquete de greve tentou (e conseguiu) impedir que um camião de transporte de cereais fosse carregar lamas perigosas acumuladas na ETAR.
.Como explicou o Sindicato da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas, aqueles trabalhadores ganham pouco mais que o salário mínimo nacional, e a exigência de uma remuneração mínima de 800 euros até fica abaixo do que na região recebem outros profissionais com funções semelhantes.
.Mas, refere o Sinquifa/CGTP-IN, a Sisáqua é uma empresa intermediária, cujos lucros dependem da diferença entre o que recebe da Águas de Santo André e o que gasta com os trabalhadores... Razão mais que bastante para se compreender por que a concessionária persiste em manter os baixos salários, recusar dois operadores por turno e não melhorar as condições de trabalho e de protecção ambiental.
Já não é tão facilmente explicável a posição da Águas de Santo André e da holding Águas de Portugal, bem como do Governo. Perante os trabalhadores, a empresa até se comprometeu a pressionar a Sisáqua para que fossem satisfeitas todas as reivindicações dos operários, mas isso não teve consequências práticas.
.Os serviços ditos mínimos, impostos por despacho dos ministérios do Trabalho e do Ambiente, apenas vieram agravar a tensão. A pressão exercida sobre os trabalhadores, mais recentemente, procurando responsabilizá-los pelos riscos ambientais ligados ao prolongamento do conflito, também não abre portas a uma solução.
.Os trabalhadores e o sindicato exigem que a Águas de Santo André tome posse da ETAR e do pessoal, apoiados pelas autarquias locais de Sines e Santiago do Cacém, e os presidentes destes municípios exigem uma intervenção do ministro do Ambiente, mas este veio anteontem lavar as mãos nesta matéria.
.Em tais circunstâncias, como referia o comunicado sindical no início da greve, só resta aos trabalhadores lutar. Contavam e contam com um movimento de solidariedade, que reuniu sexta-feira duzentas pessoas num jantar e que promoveu uma acção pública junto à ETAR.
.A carga da GNR sobre os trabalhadores da Sisáqua foi repudiada pelos sindicatos que exigiram a imediata retirada da força policial e a averiguação do que ali ocorreu. O sindicato do sector notou que, «depois das cargas vergonhosas verificadas na Valorsul, a vergonha repete-se nas Águas de Santo André, curiosamente, outra empresa de capitais públicos», e considerou «sintomático que, mais uma vez, as forças de segurança se ponham ao lado dos patrões, contra os trabalhadores».
.Note-se que face ao ocorrido o Ministério da Administração Interna já solicitou um inquérito à Inspecção Geral da Administração Interna a fim de averiguar o abuso de poder e as ilegalidades cometidas pelas chamadas «forças da ordem» da GNR !
retirado de: http://www.pimentanegra.blogspot.com/
Vídeo da violência policial sobre os manifestantes: http://www.youtube.com/watch?v=ogllCy_bs3M
.As duas dezenas de trabalhadores da estação de tratamento de águas residuais - propriedade da Águas de Santo André (do grupo público Águas de Portugal), concessionada à Sisáqua (do grupo Consulgal/IPG, liderado por José Goes Ferreira, accionista de referência do Millenium BCP) - continuavam a bater-se pelos mesmos objectivos que já os levaram a fazer, no ano passado, 12 dias de greve: melhores salários, melhores condições de segurança e mais protecção para os trabalhadores de turno.
.O piquete de greve tentou (e conseguiu) impedir que um camião de transporte de cereais fosse carregar lamas perigosas acumuladas na ETAR.
.Como explicou o Sindicato da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas, aqueles trabalhadores ganham pouco mais que o salário mínimo nacional, e a exigência de uma remuneração mínima de 800 euros até fica abaixo do que na região recebem outros profissionais com funções semelhantes.
.Mas, refere o Sinquifa/CGTP-IN, a Sisáqua é uma empresa intermediária, cujos lucros dependem da diferença entre o que recebe da Águas de Santo André e o que gasta com os trabalhadores... Razão mais que bastante para se compreender por que a concessionária persiste em manter os baixos salários, recusar dois operadores por turno e não melhorar as condições de trabalho e de protecção ambiental.
Já não é tão facilmente explicável a posição da Águas de Santo André e da holding Águas de Portugal, bem como do Governo. Perante os trabalhadores, a empresa até se comprometeu a pressionar a Sisáqua para que fossem satisfeitas todas as reivindicações dos operários, mas isso não teve consequências práticas.
.Os serviços ditos mínimos, impostos por despacho dos ministérios do Trabalho e do Ambiente, apenas vieram agravar a tensão. A pressão exercida sobre os trabalhadores, mais recentemente, procurando responsabilizá-los pelos riscos ambientais ligados ao prolongamento do conflito, também não abre portas a uma solução.
.Os trabalhadores e o sindicato exigem que a Águas de Santo André tome posse da ETAR e do pessoal, apoiados pelas autarquias locais de Sines e Santiago do Cacém, e os presidentes destes municípios exigem uma intervenção do ministro do Ambiente, mas este veio anteontem lavar as mãos nesta matéria.
.Em tais circunstâncias, como referia o comunicado sindical no início da greve, só resta aos trabalhadores lutar. Contavam e contam com um movimento de solidariedade, que reuniu sexta-feira duzentas pessoas num jantar e que promoveu uma acção pública junto à ETAR.
.A carga da GNR sobre os trabalhadores da Sisáqua foi repudiada pelos sindicatos que exigiram a imediata retirada da força policial e a averiguação do que ali ocorreu. O sindicato do sector notou que, «depois das cargas vergonhosas verificadas na Valorsul, a vergonha repete-se nas Águas de Santo André, curiosamente, outra empresa de capitais públicos», e considerou «sintomático que, mais uma vez, as forças de segurança se ponham ao lado dos patrões, contra os trabalhadores».
.Note-se que face ao ocorrido o Ministério da Administração Interna já solicitou um inquérito à Inspecção Geral da Administração Interna a fim de averiguar o abuso de poder e as ilegalidades cometidas pelas chamadas «forças da ordem» da GNR !
retirado de: http://www.pimentanegra.blogspot.com/
Vídeo da violência policial sobre os manifestantes: http://www.youtube.com/watch?v=ogllCy_bs3M
segunda-feira, 17 de março de 2008
Mayday Lisboa 2008 :: A precariedade congela-nos a vida
Sábado durante a tarde houve mais uma acção de antecipação do MayDay!! Lisboa, os precários saíram à rua e congelaram... foi às 15:30 frente ao Centro Comercial do Chiado, às 16 frente à Brasileira e às 16:30 frente ao MacDonald's do Rossio. Foram acções rápidas que congelaram os precários e as pessoas que passavam na rua que perguntavam o que se passava, algumas identificaram-se.
Fizemos isto porque a precariedade congela a vida de muitas pessoas, todos aqueles que não sabem se terão rendimento amanhã, na próxima semana ou daqui a seis meses, aqueles que são forçados a imigrar clandestinamente, trabalhar clandestinamente e viver clandestinamente, aqueles que são forçados a endividar-se perante a banca, aqueles que têm de esconder a sua orientação sexual. precariedade congela a vida dos que querem ter uma vida minimamente digna e não podem.
Fizemos isto porque a vida é poder, força, energia, reflexão, amor, ódio, imaginação e acção. E isto nunca poderá ser congelado.
Vídeo da acção: http://www.youtube.com/watch?v=yJ25-O3KoRY
--
O precariado rebela-se!!!
quinta-feira, 13 de março de 2008
Workshop de Somaterapia (c/ João da Mata) + Filme " Liberdade e Utopia" sobre Roberto Freire
.
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..Buscando o desbloqueio da criatividade, os exercícios da Soma abordam a relação corpo e emoções presentes na obra de Reich, os conceitos de organização vital da Gestalterapia, os estudos sobre a comunicação humana da Antipsiquiatria e a arte-luta da Capoeira Angola. Os grupos de Soma em torno de 6 a 12 meses, com encontros periódicos (quatro vivências por mês). Esta convivência possibilita a construção de uma dinâmica de grupo, onde o referencial ético é o Anarquismo.
.
.Dia 14 de Março - sexta-feira - das 20H até às 23h
Workshop de SOMA + Passagem do Filme "LIBERDADE E UTOPIA" (30 min.) sobre as origens da Somaterapia e a vida de Roberto Freire, seguido de demonstração teórica e prática da Soma - uma terapia anarquista.
. Daremos uma introdução teórica e realizaremos exercícios corporais práticos.
.Sobre a Soma:.
.
Foi criada pelo escritor Roberto Freire no início dos anos 70 como uma terapia corporal e em grupo, baseada nas pesquisas do austríaco Wilhelm Reich...
..Buscando o desbloqueio da criatividade, os exercícios da Soma abordam a relação corpo e emoções presentes na obra de Reich, os conceitos de organização vital da Gestalterapia, os estudos sobre a comunicação humana da Antipsiquiatria e a arte-luta da Capoeira Angola. Os grupos de Soma em torno de 6 a 12 meses, com encontros periódicos (quatro vivências por mês). Esta convivência possibilita a construção de uma dinâmica de grupo, onde o referencial ético é o Anarquismo.
..Esta é a maior originalidade da Soma: terapia como pedagogia política, onde o prazer e a liberdade são a saúde que combate a neurose capitalista da sociedade globalizada.
Entrada livre!
.João da Mata
.E-mail: jodamata@terra.com.br
.GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
.Travessa da Nazaré, 21, 2º
.Lisboa, 1000-234
Jantares VEGANOS às quintas no Centro Social da Mouraria (Lisboa)
Jantares Veganos, quinzenalmente, às 5ª feiras pelas 21h
A partir de hoje, e até ao dia em que um meteorito nos varrer da superfície da terra, às 5ª feiras, quinzenalmente, vai haver jantar na Mouraria, sempre bem acompanhado por um filme ou um espectáculo, e os nossos amigos fadistas que nos cobrem as paredes.
Hoje (dia 13 de Março) vamos ter a bela Andrea de cozinheira, com um filme para fazer a digestão (vão agradecer o jantar ser vegano): "O Pesadelo de Darwin", com discussão depois, muita animação e a eterna boa disposição do Sr. Gomes.
.
Os jantares realizam-se quinzenalmente, estando os mesmos marcados para a primeira e terceira semana do mês às 5as feiras (20/03, 03/04, 17/04, 01/05...). Sempre às 21h.
Solidariedade com António Ferreira em Aljustrel
Este sábado (15 de Março) no Centro de Cultura Anarquista em Aljustrel pelas 17h:
Conversa sobre a situação de António Ferreira de Jesus
seguido de jantar vegetariano e bar Benefit para projectos editoriais sobre as prisões em Portugal.
Mais informação sobre o António Ferreira de Jesus em:
http://libertemferreira.no.sapo.pt/
Conversa sobre a situação de António Ferreira de Jesus
seguido de jantar vegetariano e bar Benefit para projectos editoriais sobre as prisões em Portugal.
Mais informação sobre o António Ferreira de Jesus em:
http://libertemferreira.no.sapo.pt/
terça-feira, 4 de março de 2008
Jantar benefit para a Feira do Livro Anarquista
Dia 8 de Março pelas 20h haverá um jantar vegetariano no Centro de Cultura Libertária, com o intuito de angariar fundos para a Feira do livro anarquista, que irá decorrer entre os dias 23 e 25 de Maio em Lisboa.
Estão todas/os convidadas/os.
Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, nº 121, 1º dtº Cacilhas - Almada
http://culturalibertaria.blogspot.com/
Estão todas/os convidadas/os.
Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, nº 121, 1º dtº Cacilhas - Almada
http://culturalibertaria.blogspot.com/
Próximas actividades no Club Aljustrelense
Lançamento da Revista BÍBLIA e concerto com GAZUA e CANHÕES DE GUERRA
7 (sexta) a partir das 21.00
Lançamento da Revista BÍBLIA e concerto com GAZUA (power trio Punk Rock de Lisboa) e CANHÕES DE GUERRA de Tavira.
Apresentação e leitura de textos da Revista Bíblia (nº27 e 28), espaço de experimentação nas tendências contemporâneas das artes visuais e da literatura desde 1996
www.revista-biblia.com/
www.myspace.com/gazua
7 (sexta) a partir das 21.00
Lançamento da Revista BÍBLIA e concerto com GAZUA (power trio Punk Rock de Lisboa) e CANHÕES DE GUERRA de Tavira.
Apresentação e leitura de textos da Revista Bíblia (nº27 e 28), espaço de experimentação nas tendências contemporâneas das artes visuais e da literatura desde 1996
www.revista-biblia.com/
www.myspace.com/gazua
Cinema no Club Aljustrelense
Concertos no novo espaço ocupado Kyläkancra em Setúbal
Novo espaço okupado em setúbal
Kyläkancra
Kyläkancra
.
Domingo, 09 de Março
a partir das 17h
.Concertos com:
Familea Miranda (Chile)
Familea Miranda (Chile)
Lobster
Mojo & the Maggots
2semicolcheiasinvertidas
Safety Matches
e
Riddim & Culture Soundsystem
Divulga e Aparece!
Em defesa dos espaços okupados.
Vigília pelo Grémio - 8 de Março - Lisboa
Faz no próximo sábado, dia 8 de Março, um mês que o Grémio Lisbonense foi despejado! As negociações com o senhorio começaram então e há duas semanas que aguardamos alguma resposta à proposta que lhe foi apresentada pela parte do Grémio, com apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Entretanto, para fazer notar que o Grémio ainda respira e que estamos atentos... Convidamos todos a participar numa vigília que ocorrerá em frente ao Arco do Bandeira (Rossio), entre as 18h e as 20h de 8 de Março (sábado).
Estamos ainda a preparar uma festa para essa noite, em local a confirmar...
Entretanto, para fazer notar que o Grémio ainda respira e que estamos atentos... Convidamos todos a participar numa vigília que ocorrerá em frente ao Arco do Bandeira (Rossio), entre as 18h e as 20h de 8 de Março (sábado).
Estamos ainda a preparar uma festa para essa noite, em local a confirmar...
-- O Grémio
http://www.gremiolisbonense.blogspot.com/
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Saiu mais um número da Revista Utopia!
Já está em circulação e nos escaparates das livrarias o nº 24 da revista Utopia (revista anarquista de cultura e intervenção), com o seguinte sumário:
Escusado é dizer que se trata de mais um número a ler com muito interesse uma vez que está recheado de textos e informações valiosas para compreendermos muito do que se vai passando à nossa volta.
Editorial ..... página 1
Avesso do avesso ..... 6
Revolução e Liberdade ..... 12
O controlo como conceito ou como palavra na perspectiva de um ser biológico e social ..... 13
Medo e angústia: sintomas emocionais de uma sociedade de controle ..... 21
Controlo e vigilância: o grande irmão está a olhar para ti ..... 29
O “nihilóptico”.....33
A França o os seus medos legítimos ..... 38
Allgarve .... 46
Comuna Autónoma Zamorana ..... 49
Hino Burlesco .... 62
Drogas velhas e novas ..... 64
Guerras de Rua ..... 66
Nanook of the North ..... 67
futebol de 3 lados ... 71
Críticas de livros ... 77
Escusado é dizer que se trata de mais um número a ler com muito interesse uma vez que está recheado de textos e informações valiosas para compreendermos muito do que se vai passando à nossa volta.
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